latino

Você pode ou não gostar de Latino, mas não há como negar: Você certamente saberia dizer alguns versos de um dos hits do cantor. E mais: Já dançou ao som de Kuduro ou Festa no Apê em algum casamento, formatura ou festinha do escritório.

Na tentativa de se manter popular, o cantor resolveu levar ao pé da letra seu nome artístico e investir no pop latino em seu novo trabalho, lançado recentemente. Em SoyLatino, o músico de 42 anos traz canções em ritmos como merengue e bachata, sempre em português: “Comecei a pensar: ‘Não é possível que dê certo no mundo inteiro e não dê no Brasil. Já sei! Estou esquecendo de abrasileirar as letras’. A gente pode ter uma produção griga, mas tem que ter um tapa brazuca. Tem que falar da nossa sofrência, das nossas raízes”, conta ele em conversa com QUEM.

Prestes a completar 25 anos de carreira, Latino também é um fazedor de polêmicas. Pai 9 vezes, já se envolveu em brigas judiciais por causa da pensão e declarou publicamente ser viciado em sexo: “Tenho amigos que fumam maconha, eu prefiro sexo”, explica.

Latino e a panicat Baianinha em 'Todo Seu' (Foto: Reprodução)

Soy Latino
O novo álbum foi, segundo o cantor, dos mais desafiadores : “É um divisor de águas, completamente diferente de tudo que fiz na vida. Não tem nada a ver com os 25 anos de história do Latino. É um disco em que assumo minha própria identidade”, explica ele sobre o trabalho.

As composições foram todas feitas por Latino, com parcerias. “A bachata tem temas polêmicos, dramáticos. Você fica pensando: ‘Caraca, já pensou se isso acontece comigo!”, diz. “São temas muito picantes, como homem que é casado e se encontra escondido com outra mulher casada. Ou cara que conhece a mulher na sala VIP e descobre que ela é irmã dele. Mais da metade são vivências minhas, outras são amigos que me contaram. Abri meu coração e falei, me tragam histórias. Fiz um apanhado de histórias verídicas”.

Queda de 30% nos shows
Apesar do novo trabalho, Latino confessa que sua grande preocupação é com os shows: “Sempre fui mais preocupado com o show do que com a música. Minha entrega tem que ser boa, o show tem que ser bom. A música tem que ser uma consequência da vaidade, serve para reformular seu público. O grande barato, com o que todo artista deveria se preocupar, era ter um bom show”.

Mas em um ano como 2015, os shows de Latino passaram incólume à crise: “Esse ano deu uma caída pra todo mundo por causa da crise, é normal. Caiu 30% para todos os artistas do Brasil, a gente sabe disso. Mas continuo fazendo meus 50, 60 shows por ano, que já é um número bacana”.

Sonho de ter 12 filhos
Pai de 9 filhos, Latino esbarra no dinheiro e no tempo quando o assunto é o sonho de ter 12 herdeiros: “Quero ter 12, meu número de sorte. Vontade eu tenho, só não sei se vou ter condições. E não é só condição financeira, é tempo. Criança precisa de tempo. Pra levar pro parquinho, pra dar atenção, pra ser pai presente. Vontade é uma coisa, condição é outra”, conta.

Sobre a relação com as mães de seus filhos, ele explica: “Tenho uma relação boa com algumas dela e outras que querem que eu banque elas. Eu não vou bancar mulher. Elas querem vida boa. Tem outras que entendem que a pensão é só pro filho e fazem um acordo comigo, ficam de bem por entender que o mais importante é o carinho e a atenção do pai. Quando a gente tem esse entendimento é muito bacana. Infelizmente não são todas que tem essa visão”.

Viciado em sexo
Latino não faz questão de esconder, pelo contrário, gosta de falar: Adora sexo. Declaradamente ‘viciado’, ele não tem papas na língua sobre o assunto: “Sou (viciado) até hoje, baby. Quem não é? O problema é que a mulher tem que ter disposição para segurar a onda”, diz.

“Já fui um cara obcecado, sexualmente falando. Era louco. Hoje não, sou mais centrado. Prefiro a qualidade que a quantidade, estou mais nesse nível. Mas curto pra caramba, é uma coisa que me acalma, pois sou uma pessoa muito elétrica, que dorme só 2, 3 horas por dia. Sexo me acalma. Tenho amigos que fumam maconha para relaxar, eu prefiro sexo (risos)”, compara. Se a fixação no assunto atrapalha?: “Às vezes, porque você pega uma mulher que não está com tanta disposição e começam as incompatibilidades (risos)”.

Rayanne Morais
Solteiro desde a separação com Rayanne Morais, o cantor diz não ser carente: “Estou solteiro, bem, feliz. Estou muito comprometido com o trabalho, isso ajuda, então não penso muito. Nunca fui um cara de carência. Sempre ocupei minha mente pra caramba. Mas gosto muito (de sexo), a mulher tem que ter disposição porque o bagulho aqui é frenético”.

Ele admitiu, no entanto, que fez uma tentativa recente voltar para a ex: “Tentei, mas a gente não chegou num acordo. Por enquanto continua num 0 a 0. Somos amigaços. Estou super feliz por que ela ganhou um papel na novela, ganhou um prêmio em Bollywood… Ela está super bem encaminhada, tem futuro, é simples, humilde, na dela. Sou só elogios. Uma das mulheres mais bacanas que já namorei. Estou super torcendo”.

Haters e o sucesso
Sem se importar com as críticas, Latino mede também por elas seu sucesso: “Eu quero ser odiado a vida inteira, se for o caso. É igual a época em que me chamavam de brega. Se ser brega é ser sucesso, me deixa ser brega. Se ter hater é ser sucesso, me deixa ser odiado. Onde eu chego, causou frisson, bota a galera pra dançar, pra pular. O que é ser hater no Brasil? É uma minoria, é 0,01%  que te odeia. Estou há 25 anos transcendendo, fazendo festa, ganhando dinheiro alegrando a família brasileira, os casamentos, formaturas, eventos corporativos. Se isso é ser odiado, o que é ser amado?”.

Fonte: Revista Quem