Nos últimos cinco anos foram registrados mais de três mil casos de câncer de mama no Piauí. Esse é o tipo mais comum no estado. Mesmo assim, a lei que obriga o início do tratamento em menos de dois meses nem sempre é cumprida.
A mãe da auxiliar administrativo, Claudene Oliveira, detectou a doença, mas detectou a doença, mas demorou a conseguir atendimento. “Minha mãe passou por essa demora por falta de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)e somente na quinta vez que conseguimos um atendimento para ela” relatou Claudene.
Foi com o toque durante o banho que a cabelereira Eliete Matos, desconfiou que havia algo errado em uma das mamas. Ao fazer exames, descobriu que tinha três nódulos no peito esquerdo. “Dar um medo terrível e a sensação é que posso morrer logo. Para mim é e está sendo difícil ainda”, contou.
Rapidamente ela iniciou um tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS, fez a retirada da mama, mas lamenta não ter descoberto a doença antes. “Se as mulheres puderem fazer toque com frequência e descobrir o quanto antes, seria bem melhor, pois o sofrimento era bem menos”, afirmou a mulher.
A lei que deveria garantir atendimento rápido a pacientes com câncer nem sempre é cumprida. “A lei dos 60 dias diz que a paciente tem que ter assegurando o início do tratamento a partir da data do diagnóstico e que o tratamento se inicie em no máximo dois meses, o que equivale a 60 dias”, explicou o médico Lívio Portela.
A estimativa dos médicos é que 520 novos casos de câncer de mama sejam registrados ainda nesse ano.
Fonte: G1/PI