O Governo Federal anunciou na tarde desta terça-feira (16) o adiamento do leilão da CELG Distribuição, empresa de energia elétrica que opera no Estado de Goiás. O leilão estava marcado para acontecer na próxima sexta-feira, 19 de agosto.
O adiamento do leilão ocorreu por falta de empresas interessadas em assumir a concessão pública. Conforme previsto no edital do certame (PND de LEILÃO N° 01/2016/CELG-D), o prazo de entrega dos documentos e depósito de garantias pelos investidores interessados em participar do processo se encerraria às 12 horas desta terça-feira (16). Como não houve a entrega desses documentos, a disputa agendada para esta semana foi cancelada e a data será remarcada.
O adiamento do leilão deve atrasar também o processo de desestatização de outras seis distribuidoras de energia, incluindo a Eletrobras Piauí, além das distribuidoras do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, e Alagoas.
No dia 22 de julho os acionistas da Eletrobras decidiram autorizar a transferência do controle acionário das seis empresas. A decisão ocorreu durante a 165ª Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da holding, com a palavra final sendo dada pelo Governo Federal, que detém o maior controle acionário do grupo.
Dias antes da assembleia dos acionistas, o ministro Fernando Bezerra Filho, de Minas e Energia, já havia anunciado a intenção do Governo Temer de entregar o controle das distribuidoras para a iniciativa privada, e a venda da Celg-D serviria como um teste para o leilão das demais empresas.
Ainda segundo o ministro de Minas e Energia, após a venda da distribuidora de Goiás, as próximas a serem leiloadas serão as empresas do Piauí e de Alagoas.
Lance mínimo pode cair, admite Governo
Para atrair investidores interessados no controle da CELG Distribuição, o Governo Federal anunciou que vai reavaliar as regras do leilão, com a provável redução do lance mínimo para os interessados.
Segundo o Ministério da Minas e Energia, os valores ofertados no leilão serão avaliados pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que é presidido pelo presidente da República e integrado pelo secretário-executivo do PPI, pelo presidente do BNDES, e pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, dos Transportes, Portos e Aviação Civil, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, e do Meio Ambiente.
“Caberá ao Ministério de Minas e Energia (MME) e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reavaliar os parâmetros de formação do preço a serem ajustados, os quais passarão pela aprovação do Conselho do PPI, de modo que a desestatização seja adequadamente retomada no menor espaço de tempo possível”, informou o Ministério de Minas e Energia.
Fonte: Portal O Dia