Cocaína apreendida pela PF em veleiro, no litoral piauiense, em agosto de 2012. (Foto: Daniel Santos)

A Marinha e a Polícia Federal desconfiam que a apreensão na “Operação Relito” de 270 quilos de cocaína da forma de cloridrato, a dois quilômetros da praia, no litoral piauiense, que iam para a Itália, com a prisão de quatro italianos, não é um caso isolado. Acreditam também que os traficantes de drogas internacionais sempre estão à procura de novas rotas para o transporte de entorpecentes e essa nova rota pode ser o litoral do Piauí e o Delta do Parnaíba, entre os territórios piauiense e maranhense.

Por isso, a Superintendência da Polícia Federal no Piauí e a Marinha se associaram e estão trabalhando em parceria nos 66 quilômetros do litoral piauiense e no trecho confrontante no Oceano Atlântico para o combate ao trafico internacional de drogas. A cocaína apreendida estava em um veleiro e para a Marinha e Polícia Federal fiscalizarem embarcações no mar, a PF comprou uma lancha no valor de R$ 300 mil, de alto padrão e grande velocidade.

O delegado de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Piauí, Carlos Alberto Nascimento, afirmou que o litoral do Piauí é uma das rotas de tráfico de drogas. Ele declarou que Polícia Federal possui uma delegacia, que está com um trabalho muito bom de bloqueio do litoral do Piauí.

“Nós temos delegados lá especializado no combate ao tráfico”, declarou o delegado federal Carlos Alberto Nascimento.

Segundo ele, o veleiro apreendido na Operação Relito será vendido, por decisão judicial, e o dinheiro revertido em prevenção contra as drogas com o financiamento de entidades de prevenção e recuperação e também na repressão com o fortalecimento da estrutura para que a polícia posse atuar na região”, falou Carlos Alberto Nascimento.

A Marinha está treinando os agentes federais para atuação no litoral e utilização da lancha. “Hoje se consume a cocaína na forma de cloridrato na Europa e nos Estados, além de ter passado a ser uma droga mais cara. Agora, a que passava por aqui é do tráfico internacional,foram 270 quilos apreendidos a mais de dois quilômetros da praia.

Nós tivemos uma operação com apoio da Marinha, da Capitania dos Portos do Piauí e com recursos especiais de investigação. Foi uma operação diferente, que culminou com a apreensão de 270 quilos. Nós compramos uma lancha para fazer a fiscalização da área do litoral piauiense e do Delta do Parnaíba. A lancha, de aproximadamente R$ 300 mil, é de alta performance, alcança velocidade de quase 200 quilômetros por hora, tem segurança porque o casco é segmentado e permitirá operações com a Marinha”, declarou o superintendente regional da polícia federal do Piauí, Nivaldo Farias.

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Fonte: meionorte.com