Madonna em cena de seu "Secret Project", curta-metragem criado para combater a intolerância

“Nova York não era tudo o que eu pensei que seria. Ela não me recebeu de braços abertos. No primeiro ano, fui assaltada a mão armada. Depois fui estuprada no teto de um edifício para o qual fui arrastada com uma faca apontada para minhas costas. Meu apartamento foi invadido três vezes e eu nem sei por que, já que eu não tinha nada de valor, além do meu rádio, que eles tinham levado na primeira invasão.”

É assim que Madonna descreve, em artigo publicado nesta sexta (4) para a revista Harper´s Bazaar, seu primeiro ano na cidade de Nova York logo depois de ter deixado seu Estado natal, Michigan, para ir “à cidade dos inconformistas” para ser “uma artista de verdade”.

Chamado de “Truth or Dare” (Verdade ou Desafio), o título do artigo faz alusão ao filme “Na Cama com Madonna”, em que a cantora mostra os bastidores de sua turnê de 1990 e aparece simulando sexo oral em uma garrafa após ser desafiada no jogo.

Madonna brinca dizendo que o jogo é interessante porque na hora em que as pessoas têm de responder algo, escolhem “verdade” e então inventam uma história sobre si mesmas que nunca ninguém saberá se realmente é verdade. Ou seja, será que ela foi mesmo estuprada?

No mesmo texto, a popstar percorre toda sua trajetória de vida, narrando cada década de sua existência, desde os 25 anos, quando se tornou famosa, até os atuais 55, dizendo que sua vida sempre foi desafiar as convenções. Comenta as polêmicas com sexo, com religião, os casamentos, os divórcios, a maternidade e o motivo pelo qual, nos anos 1970, foi fotografada nua com as axilas peludas.

“Beber cerveja e fumar cigarros no estacionamento da escola não era minha ideia de rebeldia, porque todo mundo estava fazendo aqui. […] Achei que seria mais legal não raspar minhas pernas e meu sovaco. Quer dizer, por que Deus nos deu pelos naqueles lugares, afinal? E por que os meninos não tinha que se raspar em todos os lugares? Por que isso era mais aceito na Europa que nos Estados Unidos? Fui mais longe ainda. Me recusei a usar maquiagem e fazia exatamente o contrário do que todas as garotas da época faziam. Me tornei um repelente de homens.”

Fonte: UOL