Maria do Céu, mãe do apresentador Gugu Liberato, que faleceu em novembro do ano passado, revelou que relutou para autorizar que os órgãos do corpo de seu filho fossem doados, temendo que o corpo ficasse deformado.

 

Em uma entrevista concedida para a RecordTV nesta quarta-feira (18), ela revelou que foi convencida depois que lhe explicaram que não haveria qualquer deformação no corpo. “Eu nem queria assinar, no começo, para tirarem as coisas do corpo dele porque ele iria ficar deformado”, lembrou.

 

“Então, por isso que eu falo, as pessoas que quiserem doar, que elas não tenham medo que a pessoa vá ficar deformada, porque ela vai ficar igualzinha como ela era. O Gugu ficou igualzinho como ele era. Nem se notava que ele tinha tirado a córnea, que ele tinha tirado qualquer órgão”, explicou a mãe de Gugu.

 

Maria do Céu revelou que hoje o seu grande desejo é conhecer a pessoa que recebeu o coração de seu filho: “Eu queria abraçar, queria, sei lá, queria sentir o coração dele batendo, escutar o coração dele pertinho. Já pensou, que coisa linda isso?”, disse.

 

A entrevista também contou com a participação da irmã do apresentador, Aparecida Liberato, que fez questão se salientar que sempre foi o desejo de Gugu que os seus órgãos fossem doados.

 

“Uma vez ou outra, nós havíamos conversado sobre isso e ele disse que queria. ‘Ah, quando eu morrer, eu vou querer doar meus órgãos, fazer o bem para outras pessoas’”, lembrou.

 

“Era uma situação muito difícil porque foi uma perda nossa muito dolorosa e foi uma decisão tomada no hospital. Já estava reconhecida a morte encefálica e vieram nos procurar”, contou Aparecida.

 

Morte de Gugu e #GuguVive 

 

Neste sábado (21), o falecimento de Gugu completará um ano e para homenagear a memória do apresentador, a família de Gugu decidiu lançar uma campanha que visa incentivar a doação de órgãos, nomeada de #GuguVive.

 

Amancio, irmão de Gugu, pontuou a importância da ação, ressaltando que ainda no hospital eles foram informados que a doação poderia beneficiar até 50 pessoas diferentes. “Eles aproveitam o que puder ser aproveitado para outras pessoas”, disse.

 

Ao final da entrevista, os irmãos ainda relembraram que caso a pessoa queira ser um doador ao falecer, é importante deixar registrado ou se manifestar ainda em vida.

 

“Que as pessoas expressem seu desejo de doar os órgãos depois da sua morte física e que as pessoas cumpram a vontade do familiar que falece para que cada vez mais gente possa sobreviver com esses órgãos”, disse Aparecida.

 

Fonte: Jetss