Nessa terça-feira (23), 74 tartarugas-de-pente nasceram em um ninho na praia do Arrombado, em Luís Correia, Litoral do Piauí. O Instituto Tartarugas do Delta (ITD) monitorava o ninho há 48 dias. Outros 47 ninhos estão sob observação.

 

O instituto monitora as fêmeas colocando uma placa quando elas vem desovar, geralmente, no período da noite. Este trabalho é feito desde 2006, com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Área de Proteção Ambiental (Apa) do Delta do Parnaíba.

 

De acordo com Werlanne Magalhães, bióloga e vice-presidente do instituto, os nascimentos costumam acontecer entre os meses de janeiro a julho. “As praias do município onde são encontrados mais ninhos dessa espécie são em Peito de Moça, Coqueiro, Barro Preto, Arrombado e Maramar”, destacou a bióloga.

 

A tartaruga-de-pente vive cerca de 100 anos e permanece mais de 40 anos em atividade reprodutiva. Um ninho, em média, possui 120 ovos. O período de “chocamento” dos ovos na terra é de 45 a 60 dias ou mais.

 

Rastro de uma tartaruga fêmea na praia do Arrombado em Luís Correia — Foto: Arquivo pessoal Werlanne Magalhães

 

“Varia de acordo com o tempo. Como o período chuvoso que estamos passando é moderado, eles nascem mais rápido. Quando tem chuva os filhotes demoram mais de 60 dias para nascer”, explicou Werlanne.

 

As espécies mais comuns na costa brasileira é a tartaruga-verde, tartaruga-de-pente, tartaruga-couro, tartaruga-oliva e tartaruga-cabeçuda. Todas elas tem registro no litoral piauiense. As que se reproduzem regulamente são a pente e couro, ameaçadas de extinção, além da oliva. As outras, vêm aleatoriamente ao estado.

 

Fonte: G1/PI