A Locomotiva Maria-Fumaça, que fica localizada na Estação da Esplanada, vai ser restaurada. Para a restauração e preservação do monumento a Secretaria de Turismo entrou em parceria com a Fundação Raul Bacellar, tendo em vista transformá-la em um verdadeiro ponto turístico. A locomotiva é um dos pontos de grande relevância para história, tanto do Piauí, quanto de Parnaíba, que colaborou para o desenvolvimento da cidade.

A Maria Fumaça, área da fornalha, única peça restante do trem que se encontra abandonada em meio a um local fechado, cheio de mato e de pouca visibilidade. Segundo Renato Bacellar, diretor executivo da Fundação Raul Bacellar, haverá uma consulta aos setores turísticos para restaurar o local onde se encontra a Maria Fumaça ou até providenciar um local mais adequado. Além de fazer uma espécie de cobertura para combater a ferrugem.

A história da ferrovia pode ser contada através de documentos, peças, fotos, objetos dos funcionários e monumentos, como o do primeiro diretor da ferrovia, Miguel Bacellar. Este acervo pode ser encontrado no museu do trem e na Fundação Raul Bacellar.

De acordo com Aluisio da Costa, a população vivia bem naquela época, onde as pessoas podiam passear, viajar e transportar produtos, como a cera da carnaúba, tucum e babaçu. Aluísio era o responsável pelo restaurante que funcionava dentro do trem e guarda muitas lembranças. Por isso, aprova totalmente um olhar cuidadoso para a Maria Fumaça e todos os objetos que fazem parte da história da ferrovia.

Parnaíba foi a estação mais importante da estrada de ferro da linha do Piauí. As atividades da locomotiva iniciaram em 1922, funcionando cerca de 60 anos, percorrendo ao todo 350 km de linha. O trem fazia linha do porto das barcas a Luis Correia, antiga Amarração. A linha de Parnaíba seguia até Piracuruca, passando por Bom Princípio e Cocal. Seguia, também, de campo maior em uma linha que se dividia para o ceará e a capital Teresina.