Matriarca de família envenenada em 1º de janeiro é ouvida por suspeita de envolvimento
A matriarca da família afetada por um trágico envenenamento coletivo no dia 1º de janeiro deste ano está sendo ouvida pela polícia na manhã desta sexta-feira (31) em Parnaíba. A condução dela ocorreu dentro das investigações relacionadas ao caso que comoveu a cidade e resultou em várias mortes após o consumo de arroz envenenado em residência, no Dom Rufino II.
Além de Maria dos Aflitos, outras quatro pessoas foram levadas à Delegacia Regional de Parnaíba para prestar depoimentos sobre o ocorrido. A mulher foi localizada pela polícia em residência no bairro São Vicente de Paula, uma área distante do local onde o almoço fatal foi servido. Durante a operação, a Polícia Civil realizou buscas na residência de Maria, buscando possíveis evidências que pudessem esclarecer o crime.
A matriarca é casada com Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, que já se encontra na Penitenciária Mista de Parnaíba.
Em nota oficial, a Polícia Civil ressaltou que as informações detalhadas sobre o andamento das investigações só serão divulgadas após a conclusão do inquérito. “A Polícia Civil do Piauí informa que todas as informações sobre o caso da família envenenada em Parnaíba serão divulgadas somente após a conclusão do inquérito. O sigilo das investigações é fundamental para garantir a precisão e a efetividade do trabalho policial”, afirmou a nota.
O caso
A tragédia que abalou a cidade de Parnaíba, teve início com uma festa de Réveillon em 1º de janeiro de 2025. Segundo investigações, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi o último a dormir após a confraternização familiar. No dia seguinte, ele insistiu para que o arroz que havia sobrado da festa fosse reaproveitado para o almoço. Esse arroz, como viria a ser descoberto, estava contaminado com a substância Terbufós, que causou a morte de vários membros da família.
Relatos indicam que não houve a presença de pessoas externas durante esse período, até a refeição fatídica. Foi somente após a ingestão do alimento que os primeiros sintomas de envenenamento começaram a se manifestar. Em 22 de janeiro, Maria Jocilene, uma das vítimas, foi internada novamente após passar mal. A situação, que parecia uma série de coincidências, levou as autoridades a aprofundar as investigações, revelando que o arroz envenenado foi o responsável pelas mortes.
O caso ganhou maior complexidade com o histórico da família, que já enfrentava episódios de intoxicação por veneno desde agosto de 2024. Naquele período, Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, foi presa sob a suspeita de ter oferecido cajus envenenados a duas crianças. No entanto, o laudo revelou que não havia veneno nas frutas, e uma nova reviravolta surgiu quando um membro da família foi detido.
Francisco, que já está preso, é considerado o principal suspeito de ser o responsável pelo envenenamento, e a investigação segue em andamento.