Mesmo depois de anunciar reajuste, Petrobrás não sobe preço do diesel
Mesmo tendo anunciado, nesta quinta-feira, 11, um reajuste de 5,7% no preço do diesel (o litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662), a Petrobrás não alterou o preço do combustível, segundo informações divulgadas na página da estatal na internet. O novo valor começaria a ser cobrado nesta sexta-feira.
Se fosse efetuada, a alta divulgada na quinta-feira seria a maior desde que os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da petroleira, Roberto Castello Branco, assumiram os cargos. Até então, a maior alta tinha sido de 3,5%, registrada no dia 23 de fevereiro. Com exceção desses dois casos, os preços variaram em intervalos de 1% a 2,5%.
Num único dia, nesta sexta-feira, o valor do litro do combustível iria variar mais do que em todo o mês de fevereiro (5%), quando passou de R$ 2,0198 para R$ 2,1224, e março (1%), de R$ 2,1224 para R$ 2,1432. Apenas em janeiro a variação foi maior, de 8,9%, de R$ 1,8545 para R$ 2,0198. Os valores, que representam uma média do que é cobrado nos pontos de entrega de todo País, foram retirados do site da companhia.
Reajustes
Em março, a Petrobrás se comprometeu a congelar o preço do óleo diesel nas refinarias por pelo menos 15 dias. Por causa da política de preços dos combustíveis da Petrobrás, os caminhoneiros pararam o País, em maio do ano passado. Neste início de ano, com o petróleo em alta, o diesel voltou a ser uma ameaça e mais uma vez a classe avalia cruzar os braços.
O problema começou ainda na gestão do ex-presidente da companhia Pedro Parente que, para recompor o caixa, determinou a revisão diária da tabela nas refinarias, em linha com o mercado internacional. Sem saber o preço que pagaria pelo combustível no fim de uma viagem, os caminhoneiros entraram em greve e Parente perdeu o cargo. Além disso, para encerrar os protestos, o governo ainda subsidiou por um semestre. Apenas em 2019, o diesel voltou a ser reajustado periodicamente, semanalmente. Nesta terça, sob ameaça de nova greve, a Petrobrás anunciou que vai manter os preços inalterados por, pelo menos, mais uma semana.
Fonte: Estadão