O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga determinou que o Google retire do ar de propaganda de uma empresa de consultoria de investimentos contrária à presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada no domingo (27) e divulgada nesta segunda-feira (28). O PT entrou com a ação na última sexta (25) e contestou um suposto favorecimento ao senador Aécio Neves em links patrocinados da empresa no Google. O partido pediu multa a Aécio e à empresa, de R$ 30 mil, mas possível punição será avaliada posteriormente pelo plenário do tribunal. O PT questionou o uso de propagandas, vendidas pelo Google, que trazem mensagens como “Como proteger seu patrimônio da Dilma” e “E se o Aécio Neves ganhar? Que ações devem subir se o Aécio ganhar as eleições?”.
O departamento jurídico do PT disse ainda que a empresa veiculou propagandas pagas direcionadas para páginas de internet sobre as eleições, o que é proibido por lei. O ministro concedeu liminar (decisão provisória) determinando a retirada “imediata” da propaganda. “No caso, verifica-se que a publicidade impugnada não só menciona o pleito futuro, por meio de propaganda paga, na internet, como também faz juízo positivo e negativo sobre dois candidatos ao pleito presidencial.” Para o PT, a empresa, que se apresentou como especialista em análise de ações, promoveu “terrorismo” sobre a possibilidade de Dilma ser reeleita. “Ocorre que o conteúdo de sua propaganda ultrapassa qualquer limite da liberdade de informação e atenta frontalmente aos ditames da legislação eleitoral, chegando a incitar, em seu anúncio pago, um certo terrorismo no mercado financeiro, em caso de vitória da candidata da Coligação Representante no pleito eleitoral de outubro próximo”, diz a representação. O coordenador jurídico da campanha de Aécio, deputado Carlos Sampaio, afirmou que o candidato não tem ligação alguma com a empresa e que as análises da consultoria são “opinião própria, não havendo ligação com o PSDB”. O G1 não conseguiu contato com o Google.
Fonte: G1