Pesquisa comparou dados dos meses de janeiro de 2016 e 2015. Este ano foram registrados 66 mortes violentas contra 49 do ano passado.
O número de homicídios dolosos aumentou 35% em janeiro de 2016 no estado, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa divulgada nessa quarta-feira (10) pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi). Este ano foram registrados 66 mortes violentas contra 49 no primeiro mês de 2015.
Para o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, o aumento no número de crimes reflete uma tendência que vem se registrando desde a metade do ano passado. De acordo com ele, a partir de julho os crimes foram aumentando gradativamente até dezembro, quando foram registrados 82 assassinatos.
“Essa escala ascendente pode ser considerada em janeiro se for levado em conta que dezembro é um mês atípico, onde sempre há recordes de assassinatos. Se for pego como parâmetro o mês de novembro de 2015, quando 59 pessoas perderam a vida de forma violenta, seja por arma de fogo ou arma branca, fica mantido o grau de crescimento das mortes começado em julho, apesar da queda entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano”, explicou.
Outros dados
Ainda comparando os dados de janeiro de 2015 e 2016 observa-se que houve um aumento em todos os sentidos. Em Teresina, 39 pessoas foram mortas no mês passado, enquanto que em 2015 esse numero foi de 28. Com relação aos assassinatos nas demais cidades, em 2015 foram registrados 21 casos em janeiro e em 2016 esse número subiu para 27.
A pesquisa mostra que estão aumentando os assassinatos praticados com armas de fogo e que está em queda o delito praticado com facas, facões e punhais. Em janeiro deste ano o aumento de mortes com armas de fogo foi de mais de 40%. No mês passado 50 pessoas foram mortas por arma de fogo no Piauí. Já em 2015, no primeiro mês, esse número foi de 35 casos.
Com relação as armas brancas, em 2015 aconteceram 13 crimes com este tipo de instrumento contra nove no mês passado. Apenas no item zonas mais violentas da capital não houve mudanças: a Zona Sul ficou à frente das demais com 13 (2016) e 10 (2015). Uma coincidência é que as demais zonas ficaram na mesma posição nos dois meses: Leste, Norte e Sudeste, nesta ordem, da segunda para a quarta posição.
Fonte: G1