63125be32697df87173dfe7ea015d9a921ba4205O Ministério Público Estadual investiga uma denúncia de fraude nos vestibulares para medicina no Piauí. Vestibulares em outros sete estados também teriam sido alvos de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. Estão sendo investigados os vestibulares para medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e de uma faculdade particular do estado desde o ano de 2010.

Segundo informações do MPE, os alunos teriam pago cerca de R$ 100 mil à quadrilha para garantir a aprovação no curso.  O promotor de justiça, Antônio Rodrigues de Moura, afirmou que a fraude envolve vários crimes, por isso os envolvidos estão sujeitos tanto à penalidade criminal como também anulação da inscrição e matrícula. “Dentre os crimes que a fraude envolve podemos destacar a formação de quadrilha, falsidade ideológica, falsidade documental e estão sujeitos a várias consequências”, falou o promotor.

O golpe começou a ser investigado no estado do Espírito Santo e após a polícia prender três suspeitos a polícia descobriu que a quadrilha já agiu também no Piauí, Ceará e no Maranhão. Segundo o Grupo Especializado em Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual do Piauí, o golpe acontece de duas maneiras. Na primeira delas o fraudador geralmente é uma pessoa que já passou em vários vestibulares, falsifica documentos e faz as provas no lugar do candidato que pagou pela vaga. No segundo caso, a quadrilha utiliza um ponto de voz para passar o gabarito para o candidato que vai fazer a prova.

O promotor Antônio Rodrigues ainda falou que depois de identificados os fraudadores o passo seguinte é descobrir quem se beneficiou com o golpe. “Depois de identificado o candidato ele pode perder a vaga e ainda sofrer uma penalidade criminal com possibilidade de pena de reclusão”, afirmou o promotor.

A Polícia Federal ainda investiga possíveis ramificações da quadrilha em outros estados do Brasil. A assessoria de comunicação da Universidade Federal do Piauí informou que a instituição ainda não foi notificada oficialmente sobre o caso.

Fonte: G1