A gestão e a disposição inadequada dos resíduos de saúde causam impactos socioambientais no Brasil, como degradação do solo, comprometimento dos corpos d’água e mananciais, contribuição para a poluição do ar e proliferação de vetores de doenças. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 50% dos municípios do país depositavam resíduos sólidos em lixões. Já em 2010, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento identificou que, em mais de 90% dos municípios, já existe uma coleta diferenciada de RSS, o que contribui para reduzir os riscos ao meio ambiente e a população.
Atualmente no país, as estimativas apontam algumas destinações de resíduos sólidos: 35,1% são incinerados, 5,8%, tratados por autoclave e a mesma porcentagem por micro-ondas; 11,5% são destinados à vala séptica; 26% para aterros, mas 13,2% ainda são jogados em lixões e o restante é reciclado ou tem destinação desconhecida, o que representa risco à saúde pública e dos trabalhadores envolvidos nas atividades afins. No Piauí, Teresina foi o primeiro município a seguir as orientações da legislação ambiental brasileira sobre a destinação correta de resíduos de saúde.
Desde 2012, a capital faz o gerenciamento correto de resíduos desde a coleta até a destinação final, através dos serviços prestados pela Sterlix Ambiental. De acordo com o diretor comercial da empresa, Roberval Bichara Battaglini, os geradores de resíduos de saúde do município foram adequados à exigência federal. Dados mostram que no ano de 2011, a capital piauiense aterrou 2.760 toneladas de resíduos de serviços de saúde sem o tratamento recomendado. Enquanto em 2012, a cidade tratou – do total de 2.760 toneladas – 2.268 toneladas de resíduos de serviços de saúde. Atualmente, os números têm crescido e até mesmo os serviços prestados pela empresa têm se expandido em outros municípios, como Floriano, Parnaíba, União, Oeiras, Piripiri e Pedro II.
“Há alguns anos a coleta, transporte, tratamento e local de despejo dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) no Piauí eram manejados da mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos. Hoje, Teresina e outros municípios piauienses, gerenciam corretamente os seus resíduos através da coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos de saúde gerados em hospitais públicos e instituições privadas. O gerenciamento é feito através de um conjunto de ações que tem seu início no manejo interno, onde é realizada uma segregação adequada dentro das unidades de serviços de saúde, visando à redução do volume de resíduos infectantes”, informou Battaglini.
Com a expansão da gestão de resíduos de saúde nos municípios piauienses, o diretor comercial da Sterlix Ambiental acrescenta que tais ações contribuem para reduzir a contaminação do meio ambiente. “Oferecemos um serviço completo de gerenciamento com segurança e eficiência para os municípios, comunidades e todos os que estão envolvidos no processo, com a credibilidade necessária para dar tranquilidade a todos que procuram estar com suas operações em conformidade com o que determina a lei”, concluiu.
Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
A Resolução CONAMA nº05/93 estabelece que o gerador é responsável pelo gerenciamento de seus resíduos sólidos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública. Nesse contexto, a segregação dos resíduos na origem é de grande importância, já que racionaliza os recursos, possibilitando tratamento específico e de acordo com as necessidades de cada categoria.
Fonte: Jornal de Parnaíba