O governador Wellington Dias (PT) declarou ontem que vai receber os prefeitos que estão em situação de dificuldade financeira para discutir saídas para a crise nos municípios. Anteontem, os prefeitos se reuniram na Associação Piauiense de Municípios (APPM) e informaram que 50% dos municípios, cerca de 115 prefeituras, não têm como cumprir a folha de pagamento. Eles já admitem atrasar os salários dos servidores e estão cortando despesas de custeio.
Ontem, o presidente da APPM, Arinaldo Leal, informou que os prefeitos vão fazer um ato na Assembleia Legislativa na próxima semana para alertar os deputados sobre a falta de dinheiro nos municípios. Da Assembleia, eles seguirão até o Palácio de Karnak em protesto contra a redução no repasse de recursos para os municípios e no aumento das despesas com os programas federais. “Quarta ou quinta, vamos fechar as prefeituras e nos dirigir até a Assembleia. Da Assembleia, vamos até o Palácio de Karnak, queremos ser ouvidos pelo governador. Nessa caminhada, a gente vai mostrar o motivo desse protesto”, informou Arinaldo Leal.
Wellington Dias disse ontem, ao comentar o ato dos prefeitos, que o Governo do Estado também atravessa dificuldades com a queda nos repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Mas adiantou que receberá os prefeitos e que vai retomar os convênios que tem com os municípios para fazer aquecer a economia no interior. “Vamos em busca de parcerias com os municípios por saber das dificuldades. Estarei recebendo esses prefeitos. Já pedi ao secretário de governo, Merlong Solano, para tratar com a APPM e entidades regionais. Vamos analisar, frente às dificuldades, no que poderemos ajudar”, declarou Wellington Dias, durante a visita à Assembleia Legislativa.
Ele disse que pretende destravar um conjunto de convênios que o Estado tem com os municípios para aquecer a economia e gerar mais empregos. “Queremos honrar os contratos de parceria com os municípios por saber das dificuldades. Vamos buscar alternativas naquilo que for possível para o Estado, mas também temos dificuldades”, alertou Wellington Dias.
Fonte: Diário do Povo