No calor de Parnaíba, professor ensina como economizar energia e aliviar a conta de luz com bandeira vermelha
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A conta de luz segue pesando no bolso do consumidor brasileiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que, desde o início do mês de outubro, a bandeira tarifária vigente é a vermelha nível 1, o que significa cobrança extra na fatura.
Diante do aumento, o professor de Eletrotécnica do Instituto Federal do Piauí, Campus Parnaíba, Wilson Rosas reforça que pequenas mudanças de hábito podem fazer diferença tanto no consumo quanto no valor final. Ele cita o ar-condicionado como exemplo: “O ar vai refrigerar na mesma velocidade, independente de você colocar em 18 ou em 24 graus. O que acelera a refrigeração é a ventilação. Então, vale usar o ventilador no máximo e manter a temperatura em um nível agradável”, explica.
Outra recomendação é repensar o uso do ferro de passar. “Se eu junto as roupas para passar uma ou duas vezes na semana, já consigo economizar bastante. Algumas peças nem precisam ser passadas, como toalhas. Basta dobrar direitinho”, orienta Rosas.
A cafeteira também entra na lista dos vilões. Segundo ele, deixar o equipamento ligado por horas é desperdício: “Toda vez que ela tenta aquecer um café que já nem está mais na jarra, você está gastando energia elétrica à toa”.
Para quem pensa em trocar aparelhos, Rosas destaca a tecnologia inverter, presente em modelos mais recentes de ar-condicionado e geladeiras. “Esse tipo de tecnologia consegue reduzir em até 30% o consumo em relação aos modelos antigos”, afirma.
Além das dicas práticas, o professor ressalta a importância de entender o sistema de bandeiras tarifárias. “Esse modelo foi criado para mostrar ao consumidor o custo real da produção de energia. Com a escassez nos reservatórios, o governo aciona usinas termoelétricas, que são mais caras e poluentes. A tarifa aumenta para incentivar a economia e também para bancar essa geração”, explica.
Em meio às tarifas adicionais, cada escolha no uso da energia pode representar alívio real no orçamento. “No fim das contas, é dever de casa para todo mundo: desligar a luz que não precisa, usar bem os eletrodomésticos e adotar hábitos que ajudam o bolso lá no final do mês”, completa.