O governador Wellington Dias participou, nesta terça-feira (9) de audiências com os presidentes da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia; Senado, Renan Calheiros; e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha para discutir a dívida dos estados. “Estivemos nas duas casas legislativas e ainda na Casa Civil para tratarmos de projetos que visam ao crescimento do país e um deles é o alongamento da dívida dos estados que tem todo o nosso apoio”, disse o chefe do executivo estadual.
Segundo Dias, o Piauí colocou um aposição lógica a respeito da rolagem da dívida dos estados. “Primeiro, avaliamos ser necessário o respeito à autonomia dos estados e defendemos uma mudança com o limite de 90% dos gastos correntes em relação a todas as receitas para que possamos ter capacidade de investimento em segurança, saúde, estrada, energia e demais áreas”, disse. O governador lembra que a dívida dos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste soma 9% do total e restante são das regiões mais desenvolvidas.
Wellington Dias alertou que, para evitar que os estados decretem calamidade, assim como ocorreu com o Rio de Janeiro, é preciso criar um ambiente positivo no Brasil. Citou ainda a proposta apresentada ao ministro da Fazenda, Henrique Meireles, há 30 dias, mostrando a necessidade de um suporte emergencial para os estados, assim como foram atendidos o Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. “Queremos contribuir, não só para garantir serviços essenciais, mas também o crescimento econômico e propomos a abertura de crédito, isto é, a possibilidade de ter um espaço de crédito para cominar com um volume significativo de investimento privados para fazer a economia crescer, É isso que vai resolver o problema de todos”, explica.
Segundo o governador, foram apresentadas emendas que garantem o mesmo auxílio emergencial concedido ao Rio para os demais estados. “Propomos 14 bilhões (de reais), a Casa Civil ponderou e ficou de avaliar um aporte de 50% como limite emergencial e outra parte para como liberação de crédito para financiamento. São cerca de R$ 7 bilhões para 15 estados”, disse o Wellington, declarando que a proposta será discutida com o presidente interino, Michel Temer, os ministros Henrique Meireles e Eliseu Padilha.
“Tivemos uma boa posição da presidência da Câmara para abrir o entendimento para negociação com a Casa Civil”, disse o governador, enfatizando as bancadas do Norte e Nordeste estão comprometidas em garantir a votação e aprovação de projeto da rolagem da dívida dos estados, com as ressalvas e alternativa para os estados que cumpriram o dever de casa. “Nós não temos dívidas, então por que vamos ter um tratamento de punição?”, questiona, ressaltando que o Piauí, por exemplo, tem dívida zero com a União.
Wellington Dias disse ainda que é preciso planejamento com responsabilidade, mas sobretudo, é preciso trabalhar uma solução definitiva do setor público junto com o privado para criar novas perspectivas para o país de modo que venha gerar emprego e fazer o PIB crescer.
Fonte: CCom