A finlandesa Nokia demitirá até o final do próximo ano 10 mil trabalhadores no mundo todo, indicaram nesta quinta-feira fontes da empresa, com sede em Espoo (Finlândia).

A companhia de telefonia celular, que tem 130 mil empregados, anunciou um amplo plano de reestruturação com o qual pretende recuperar a rentabilidade perdida nos últimos meses mediante um grande corte nos custos operacionais.

Esse plano inclui, entre outras medidas, a redução de 7,7% do seu quadro de funcionários e o fechamento da fábrica de Salo, a única que a Nokia mantinha na Finlândia.

“Os cortes previstos são uma difícil consequência das medidas que acreditamos que devemos adotar para garantir a longo prazo a capacidade competitiva da Nokia”, assinalou em comunicado o executivo-chefe da companhia, Stephen Elop.

“Nós não fazemos planos que possam afetar nossos empregados superficialmente, e como empresa vamos trabalhar incansavelmente para nos assegurarmos de que as pessoas afetadas recebam o apoio, as opções e a assessoria necessários para encontrar novas oportunidades”, acrescentou.

O objetivo da Nokia é cortar os custos operacionais anuais de sua divisão de Dispositivos e Serviços para 3 bilhões de euros até o fim de 2013, frente aos 5,35 bilhões de 2010.

Para isso, a empresa irá desfazer-se de todos os ativos não considerados prioritários, entre eles sua filial de telefones celulares de luxo Vertu, cuja venda a uma empresa de capital de risco nórdica foi anunciada oficialmente nesta quinta-feira.

Além disso, a Nokia anunciou uma ampla remodelação de sua junta de direção, incluindo o desligamento dos máximos responsáveis de marketing, Jerri DeVard, da divisão de celulares básicos, Mary McDowell, e de mercados, Niklas Savander.

No mesmo comunicado, a companhia finlandesa reduziu suas previsões para o segundo trimestre deste ano por ter vendido menos smartphones que o esperado.

A Nokia anunciou que espera uma queda de sua margem de lucro operacional ainda maior que a registrada no primeiro trimestre de 2012, quando ganhou 3% menos.

EFE