No Dia Internacional da Mulher, comemorado neste 8 de março, o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) divulgou um dado, que apesar de aterrador, tem se repetido ano após ano no Piauí e em praticamente todo o País.
Segundo o sindicato, apenas nos dois primeiros meses de 2015, um total de 13 mulheres foram assassinadas no Estado – seis foram mortas em janeiro e outras sete em fevereiro. Uma das vítimas era uma recém nascida, que foi morta pela própria mãe, logo após nascer.
Entre as vítimas, estão também duas donas de casa e a primeira dama do município de Lagoa do Sítio, que foi assassinada pelo marido, o prefeito Zé Simão.
E, ao que parece, a violência contra a mulher parece estar longe de chegar ao fim. Na manhã deste domingo, mais uma vítima foi assassinada pelo namorado, no município de Picos.
Pesquisa – A pesquisa feita no mês de fevereiro, segundo o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, mostrou que a criminalidade no Estado está “estável”, ou seja, foram registrados 49 assassinatos no Piauí em fevereiro, e o mesmo número em janeiro.
Deste total, 20 ocorreram em municípios do interior e litoral, e 29 na capital. Com relação aos instrumentos usados para cometer os delitos, a arma de fogo mais uma vez foi o principal, abrangendo 33 crimes. Em seguida, aparecem as armas brancas, com 13 homicídios, e três casos foram praticados com outros instrumentos.
Um dado raro foi notado na pesquisa. A zona Sul de Teresina, sempre considerada a mais violenta, em fevereiro registrou três assassinatos, e ficou na última colocação no ranking da violência, entre todas as regiões da cidade.
A zona Leste foi a que amargou o maior número de homicídios, com um total de 12, e as zonas Norte e Sudeste ficaram empatadas com sete crimes cada uma.
Outro dado impressionante registrado nos dois primeiros meses do ano foi o grande número de duplos homicídios, com um total de quatro crimes, que resultou na morte de oito pessoas. Dois destes duplos homicídios ocorreram em Teresina, um no município Barras e o outro no município de Morro do Chapéu, na região de Esperantina. Apenas neste último caso as vítimas não tinham nenhum grau de parentesco entre si.
Fonte: Portal O Dia