O Piauí é o primeiro estado do Brasil a atingir a marca de 30% da população com a Carteira de Identidade Nacional (CIN). O índice foi alcançado após o governo estadual implementar 137 postos de atendimento em 118 dos 224 municípios do estado. A meta é que todos as cidades piauienses tenham ao menos uma unidade de atendimento digital até 2026, para que nenhuma pessoa precise se deslocar grandes distâncias para tirar seu documento.

Essa cobertura do atendimento em diferentes partes do território é o segredo do Piauí para conseguir uma porcentagem tão expressiva. “A marca de um milhão de documentos emitidos se deve à descentralização dos serviços. Hoje, cerca de 70% das emissões ocorrem no interior, enquanto Teresina responde por 30%”, explica o diretor do instituto de identificação do estado, Marcelo Mascarenha.

Além dos postos de atendimento, o processo de emissão e entrega do documento também foi pensado para evitar que a população precise se deslocar para a capital para receber a carteira física em mãos. Hoje, os piauienses podem retirar o seu novo documento em sete municípios espalhados pelo estado.

O grupo etário que já tem a CIN em grande quantidade são os jovens de até 12 anos. E não é por acaso: o governo do Piauí tem estimulado a emissão para o público infantil porque a nova carteira é um documento mais completo que a certidão de nascimento e conta com dados biométricos que protegem melhor a identidade delas e evitam fraudes e crimes como a subtração de crianças.

O que muda com a nova identidade

Em todo o país, a CIN já foi emitida para mais de 20 milhões de pessoas. O objetivo é chegar a 130 milhões identidades emitidas até o final de 2026, o que vai aumentar a segurança para a população e para o governo, além de melhorar a prestação de serviços públicos.

A emissão da nova carteira de identidade automaticamente garante nível ouro aos cidadãos e cidadãs dentro do GOV.BR, dando acesso a todos os mais de 4500 serviços da plataforma, como assinatura digital de documentos com validade jurídica e realização de prova de vida.

A CIN utiliza apenas o CPF como número unificado de identificação, o que evita a emissão por fraudadores de um registro em cada estado do Brasil, bem como a repetição de carteiras com o mesmo número em diferentes unidades da federação.

Além de dificultar fraudes, o novo documento também permite a inclusão de outros registros da pessoa, como Carteira de Motorista, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor e Certificado Militar, além de informações como tipo sanguíneo, fator RH, opção por ser doador de órgão e até condições de saúde, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiências auditiva, visual, física e intelectual.

Essa unificação de dados e cadastros vai permitir que a CIN seja o único documento que o brasileiro precisará portar no futuro e também vai fomentar uma entrega ativa de serviços públicos à população. Ou seja, no futuro, quem tiver direito a um serviço ou benefício não vai precisar procurar o Estado.

“O cidadão poderá ser identificado de forma mais segura e o serviço chegará até ele”, explica Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

FONTE: Gov.br