Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira no Piauí (Sinpolpi) revelou que houve uma queda acentuada no número de homicídios no interior e no litoral do Piauí. Segundo os dados, no mês de junho houve um total de 21 assassinatos e em julho esse número caiu para nove casos e apenas o município de Picos registrou mais de um delito.
Cerca de 21% das pessoas assassinadas no Piauí no mês de julho deste ano eram do sexo feminino. Os dados mostram que, em julho sete mulheres foram assassinadas no Piauí, sendo cinco casos registrados na capital e dois no interior do Estado, mais precisamente nas cidades de Simões e Acauã. Deste total, três crimes foram por motivos passionais e em dois dos casos os motivos investigados foram as brigas de gangues em disputa pelos pontos de drogas.
O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, afirma que em números absolutos o mês de julho registrou o mesmo número de feminícidios registrados em fevereiro. O que torna julho mais violento percentualmente, é o fato de que o mês passado registrou bem menos assassinatos no total geral do que fevereiro que também teve sete crime. Enquanto no mês do carnaval o Piauí foram computados os assassinatos de 49 pessoas, em julho este número caiu para 33, no menor total deste tipo de crime registrado durante todo o ano de 2015.
Em Teresina a pesquisa revela um aumento superior a 10%. Os números mostram que em junho na capital aconteceram 21 homicídios dolosos, três a menos do que em julho que teve 24 casos. A pesquisa do Sinpolpi é realizada com base nas informações divulgadas pelos meios de comunicação do Estado.
Com relação as zonas mais violentas da capital, a Sul mais uma vez ficou à frente das demais com 10 assassinatos, seguida da Norte, com oito, Sudeste com quatro e Leste com dois crimes.
Treze vítimas tinham até 21 anos de idade, o mesmo número da faixa etária que vai dos 22 aos 46 anos. Vinte e uma pessoas foram mortas com armas de fogo, a expressiva maioria. Com relação a ocupação das vítimas, em 13 casos elas eram detentos, ex-detentos, assaltantes, traficantes, usuárias de drogas ou internos e ex-internos no caso de adolescentes. Em 12 dos crimes o motivo alegado foi ajuste de contas e quatro pessoas foram mortas.
Fonte: Meio Norte