Dados da Coordenadoria de DST/Aids, da Fundação Municipal de Saúde (FMS), revelam que a quantidade de pessoas infectadas pelo vírus HIV tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente na região Norte e Nordeste do País. Nos últimos três anos, o aumento foi de aproximadamente 10%.
Até novembro deste ano, 316 casos já foram registrados na Capital piauiense; sendo que, em 2014, foram registrados 225. O primeiro caso de Aids registrado em Teresina foi em 1986 e, até o dia 6 de novembro de 2015, foram registrados 3.116 casos, sendo que 2.261 são em homens (72,5%) e 855 em mulheres (24,4%). Em relação à exposição sexual, os casos são liderados por heterossexuais (1.597), seguido de homossexuais (590) e bissexuais (444). Sobre a idade, em Teresina, a faixa etária que concentra mais casos de Aids é na população de 20 a 34 anos de idade (1.921), seguida da população com idade de 35 a 49 anos (1.344). No Brasil, essa faixa etária é de 15 a 24 anos.
Diante destas estatísticas, iniciaram, ontem (10), diversas atividades de conscientização espalhadas por toda a cidade. As ações devem continuar até o dia 1º de dezembro, quando se comemora o Dia Mundial de Luta contra Aids. Nesta terçafeira (10), as atividades se concentraram na Faculdade de Ciências Médicas (Facime), além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Shopping da Cidade, Centro da capital.
Na faculdade, serão realizados, até hoje (11), aproximadamente 150 testes de HIV (50), Sífilis (50) e Hepatites B (50). O teste tem duração de 30 minutos e o paciente deve passar por um serviço de aconselhamento, antes e depois do resultado do exame. Além disso, foram distribuídos, aproximadamente, 200 preservativos femininos e mil preservativos masculinos.
“A campanha hoje tem um foco para o jovem e para a educação sexual. Estimulando junto às escolas, para que os jovens, que estão iniciando sua vida sexual, usem o preservativo, que é a principal forma de se proteger contra a contaminação do vírus do HIV”, disse a coordenadora de DST/Aids da FMS, Andrea Fernanda Lopes.
Ela orienta ainda que as pessoas que não puderem realizar os testes estes dias procurem locais que façam, como no Centro de Triagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rua 24 de Janeiro, Centro. O exame é feito de forma gratuita e totalmente sigiloso.
“Hoje, em relação a números, quem lidera são os heterossexuais. Ainda tem esse preconceito de que a Aids é uma doença apenas de homossexuais, embora os números se concentrem em homens que fazem sexo com outros homens jovens. Mas também temos que falar sobre comportamento de risco e não mais em opção de sexo. Ter relação sexual sem camisinha é um comportamento de risco e isso independe do sexo”, frisa Andrea Fernanda Lopes.
No Dia Mundial de luta contra AIDS, 1º de dezembro, será feita uma grande mobilização no Shopping da Cidade, de 8h às 12h. Serão entregues panfletos, distribuição de insumos de prevenção, realização de teste rápido para HIV, Sífilis e Hepatites B e C.
Fonte: Jornal O Dia