Boa parte das pessoas possui uma farmácia caseira que é sempre útil na hora de fazer um curativo e até mesmo domar a dor de cabeça. Porém, na pressa de resolver esses incômodos, um detalhe importante pode ser ignorado: o prazo de validade do medicamento.
Vencido é todo remédio que ultrapassou o espaço de tempo no qual exerce seu potencial máximo de ação terapêutica com o mínimo de reações adversas.
Isso significa que, até a data indicada na embalagem, o fabricante garante as suas características químicas, físicas e farmacológicas. Mas atenção: essa garantia só vale se você seguir corretamente as instruções de conservação do produto contidas na bula.
Em 2021, mais de 3.000 pontos de coleta de medicamentos vencidos e não vencidos foram implantados no Brasil. 53 toneladas de remédios deixaram de ser descartadas de forma inadequada.
Como seu organismo reage?
As especialistas consultadas afirmam que é sempre arriscado tomar um medicamento vencido porque não é possível saber qual seria o efeito para a pessoa que o utiliza, sobretudo entre aquelas que possuem doenças crônicas e fazem uso contínuo de outros remédios.
Outra coisa a se pensar é que descuidar do prazo de validade das medicações resulta no aumento de demandas pelos serviços de saúde, além de prejuízos econômicos para os já limitados recursos financeiros do sistema de saúde.
O remédio pode virar veneno
Embora nem a embalagem e nem o medicamento possam não apresentar sinais físicos de deterioração, alguns componentes de sua fórmula podem ter se degradado ou estar em processo de degradação.
Nessas situações, uma substância química que antes tinha efeito terapêutico, pode se transformar em tóxica.
Entre os medicamentos de uso oral os efeitos são imprevisíveis. No entanto, náuseas, vômitos, lesões gástricas (e até úlceras) podem sinalizar um quadro de intoxicação.
Mais raramente, pessoas alérgicas a determinado ingrediente da fórmula podem ter um choque anafilático.
Ao se dar conta de que algum sintoma diferente apareceu após ter tomado um remédio vencido, procure o pronto-socorro. Leve consigo a embalagem do medicamento para que o profissional possa identificar as possíveis causas do mal-estar.
Fonte: UOL