Em votação na Assembleia da ONU, o controle de um negócio que movimenta US$ 70 bilhões por ano, e a proposta para aumentar a regulação do comércio de armas no mundo ganhou com grande maioria.
Foram 154 votos a favor do texto, incluindo o do Brasil e dos Estados Unidos, que hoje é o maior fornecedor de armas do mundo. Vinte e três países se abstiveram, entre eles Rússia e China, também grandes exportadores. Coreia do Norte, Síria e Irã foram contra.
O novo tratado obriga os países que exportam armas a se certificarem de que elas não serão usadas para cometer genocídio, terrorismo ou crimes contra a humanidade.
O tratado também exige que os países signatários tomem medidas para evitar que o armamento exportado chegue ao mercado clandestino, e acabe caindo nas mãos de criminosos. Na prática, o tratado quer coibir as vendas ilegais de armas, obrigando o país exportador a prestar contas em público sobre quem são seus clientes.
Além de revólveres e metralhadoras, na lista estão incluídos tanques, veículos de combate, helicópteros, aviões de combate e lançadores de mísseis.
Os grupos de defesa dos direitos humanos consideraram este o primeiro passo para limitar o comércio ilegal de armas que mata milhares de pessoas a cada dia.
Agora falta os países aderirem à proposta e ratificar o tratado. Assim que 50 nações assinarem o texto, ganha força de lei internacional. Como houve apoio expressivo na ONU, isso deve acontecer, mas esse processo, segundo alguns analistas, pode demorar cerca de dois anos.
Fonte: G1