Esta foto expressa bem como tratamos nosso turismo. Não somos capital de nada, muito menos do Delta que infelizmente não é Estado (isso nos livraria do xenofobismo teresinense). Princesa do Igaraçu?… mas cadê o reino? Temos um título dado por Dom Pedro I em 1823: Metrópole das Províncias do Norte, e este sim deveria emoldurar o portal de entrada da cidade, pois tem peso e valor histórico (título pela primeira Proclamação da Independência no Norte do Brasil, em 1822).
Parnaíba, cidade abençoada pela mãe natureza, encravada no litoral do Piauí, foi escolhida para banhar de beleza, de mar, de lagoa, de delta, todos os demais irmãos piauienses e outros que nos visitam. Mas, já é hora de percebermos que a nossa bela natureza sozinha, não fará tudo. Um turismo bem feito passa pelo aproveitamento de nossa cultura em todos os seus segmentos e fomentar o lado cultural-histórico é sábio.
Hoje, é mais fácil se vender turismo junto com a cultura, e que nos diga Paris que não tem um só atrativo natural, e onde uma torre atrai visitantes. Numa rápida análise, países como a França, Espanha e Itália que têm suas economias estáveis, são grandes vendedores de suas ricas manifestações culturais e, campeões de turismo no mundo. Mas, não esqueçamos que o turismo e a cultura são feitos com o envolvimento e a participação de todos, com consciência e cidadania. Precisamos então, celebrar mais eventos e como a França, temos que promover festas. Que o novo prefeito e seus secretários lembrem que nas últimas décadas perdemos a marujada, pastorinhas e reisado, grandes manifestações culturais de nossa terra que, pelo desprezo, estão extintas. Achar que a Parnaíba deve ser linda e pode, já é um bom começo.
Por Diderot Mavignier