Diante à situação problemática que tem se instalou no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, pelas deficiências estruturais e pela ausência de humanização da gestão pública, pacientes tem passado por situações de risco e por conta disso, famílias tem denunciado a situação, como é o caso de Fátima Amaral, que tem a mãe internada na unidade hospitalar.
Fátima Amaral relatou em entrevista, que no dia 16 de agosto, sua mãe Luiza Amaral, de 85 anos deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde com complicações devido um infarto do miocárdio. “Ela passou onze dias na UTI e dias depois, fui informada que um exame de eletrocardiograma não havia sido feito por falta de papel. Fiz a compra de três medicamentos para ela porque no hospital não tinha”.
Segundo Fátima, sua mãe foi retirada da UTI e colocada no leito, e se encontra sem assistência médica. “O médico se vai para o hospital, vê apenas o prontuário e não a examina para ver a situação dela. Ela está desidratada, tem histórico de enfarte e passou por um aneurisma e agora está infartada novamente”.
A filha da paciente disse ainda que a administração do hospital não se manifestou em momento algum para ajudá-la, além de informa-la que não havia vaga disponível em Teresina para transferência. “O que mais me revoltou foi quando minha mãe saiu da UTI para o leito, e dois dias depois, tomei conhecimento que estava faltando medicação e o médico não nos avisou”.
Ela disse que tem presenciado total descaso, onde morrem pessoas e funcionários veem a situação como normal, chegando a debochar dos acontecimentos.
Quanto a atual situação, ela disse que procurou um advogado e tentou por meio da justiça a transferência de sua mãe para Teresina. Fátima Amaral relatou que toda a responsabilidade caiu para o município, apesar de acreditar que o estado é quem deveria assumir todo o custeio do tratamento, pois o hospital pertence ao governo estadual.