O parque de energia eólica da Praia da Pedra do Sal de Parnaíba (345 km de Teresina), formado pelas empresas Omega Energia Renovável e Tractebel, já tem 55 aerogeradores e está produzindo 88 megawatts, energia suficiente para abastecer população de 450 mil habitantes, o triplo da população do município onde as duas empresas estão instaladas.

A Omega Energia Renovável possui 35 aerogeradores e produz 70 megawatts e a Tractebel, que tem Márcio Mauriz Leal como assistente de infraestrutura, produz 18 megawatts com 20 aerogeradores.

O diretor presidente da Omega Energia Renovável, Antônio Bastos Filho, afirmou que a empresa produz energia eólica distribuída para a Eletrobras e que já é usada de Parnaíba a Piripiri, na região Norte do Estado, e parte da produção é distribuída para Teresina.

“Teresina já produz energia limpa produzida por nossa empresa”, afirmou Antônio Bastos Filho.

Antônio Bastos Filho afirmou que a usina de produção de energia eólica em Parnaíba tem uma produtividade muito alta. A Omega Energia Renovável atingiu recorde no ano passado.

“O diferencial é que se consegue em um empreendimento de alta produtividade atingir uma tarifa de energia muito baixa no momento em que os preços da energia estão pressionando a inflação. A gente consegue energia barata a preço justo sendo produzida por esses parques de usina eólica”, falou.

A Omega conseguiu uma produção de 55% da capacidade dos parques, o que é uma produtividade alta em relação à média do Brasil, que está por volta de 45%.

Antônio Bastos Filho afirmou que Parnaíba tem uma produção de energia eólica diferenciada por causa da constância dos ventos. Para ele, a produção de energia eólica depende muito mais da frequência e constância do que da intensidade dos ventos.

“Em Parnaíba, em função do microclima, há uma constância, uma frequência dos ventos bastante alta. Por isso, em média nós estamos gerando 55% de nossa capacidade total. São mais de 12 horas por dia gerando 55% de nossa capacidade ”, declarou Bastos Filho.

A empresa está em Parnaíba desde 2001 fazendo medição de ventos e fazendo projetos.

O gerente de implantação da Omega Energia Renovável, Paulo Roberto Marques, diz que a empresa passou a instalar efetivamente seu parque há 14 meses. Ele afirma que os investimentos foram de R$ 270 milhões e cada aerogerador tem 90 metros de altura e precisa de 35 toneladas de aço em sua fundação.

“Recebemos 34 mil volts em nosso painel de média tensão, que passam pelo transformador de energia e saem 138 mil volts”, declarou Paulo Roberto Marques.

Antônio Bastos Filho afirma que a Omega em projeto de ampliar a produção do Parque da Pedra do Sal dos atuais 130 megawatts para 140 mil megawatts, passando de 35 aerogeradores 53 aerogeradores para em uma área de 30 hectares. A

Omega atende atualmente a 350 mil consumidores.

“Nós produzimos energia suficiente para abastecer Parnaíba, que já é autônoma de energia limpa, e grande parte de nossa produção atinge Teresina”, declarou Bastos Filho. A Tractebel produz o suficiente para atender 40% da demanda dos 145 mil habitantes de Parnaíba, onde está instalada há seis anos.

A Tractebel informa que a velocidade média dos ventos em Parnaíba atinge metros por segundo, chegando a até 15 metros por segundo.

A empresa investiu R$ 105 mil em seu parque de produção de energia eólica.

A Omega começou com investimentos de R$ 300 milhões e vai chegar a investimentos de R$ 700 milhões nos próximos 12 meses e com 100 funcionários.

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Omega Energia e IFPI implantam curso do Pronatec para

A empresa de produção de energia eólica Omega Energia Renovável e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPI) de Parnaíba formaram parceria para oferta de curso do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Trabalho e Ensino Técnico) para formar técnicos especializados na produção de energia renovável. Será o primeiro curso técnico de produção de energia renovável do Brasil.

O diretor presidente da Omega Energia Renovável, Antônio Bastos Filho, disse que o curso técnico de produção de energia renovável vai oferecer 50 vagas. O curso vai ser ministrado a a partir do segundo semestre deste ano.

“É um curso que vai ter uma grande integração entre a empresa para a atividade e produção de energia eólica. O IFPI vai oferecer o curso”, afirmou Antônio Bastos Filho.

Segundo ele, a ideia é formar técnicos para atuar desde medição dos ventos, licenciamento ambiental, passando pela implantação de empreendimentos até a operação e manutenção de parques eólicos.

O curso é aberto para quem tem formação de ensino médio e tem interesse em trabalhar com energia renovável.

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Parnaibanos ganham empregos e espaços nas usinas de energia eólica

Engenheiros e eletrotécnicos de Parnaíba estão conseguindo emprego nas empresas de produção de energia eólica. O engenheiro eletricista da Omega Energia Renovável é de Parnaíba e muitos líderes são da cidade.

Agora, 70% dos empregados da empresa são de Parnaíba.

O eletrotécnico Rafael Lima Carvalho disse que conseguiu o emprego na Omega Energia Renovável através da rede de relacionamentos Linkedin, onde se cadastrou em algumas empresas da área. Viu as vagas oferecidas pela Omega apresentou seu currículo e foi selecionado para a vaga.

“Eu fazia o curso de Educação Física e abandonei no último semestre porque vi que não tinha nada a ver comigo. A área que eu quero é esta em que trabalho na operação e manutenção de sistemas. Vão abrir em Parnaíba o curso de Engenharia Elétrica e vou me matricular porque quero me tornar um profissional melhor”, afirmou o parnaibano Rafael Lima Carvalho, lembrando que profissional de sua área na empresa ganha até R$ 2,5 mil mensais.

O eletrotécnico parnaibano Francélio da Cunha Damasceno trabalha na operação e manutenção de aerogeradores da Omega Energia Renovável e conseguiu o emprego através do IFPI de Parnaíba.

“A empresa entrou em contato com o IFPI e foi feita uma seleção dos formados em técnico de Eletrotécnica e tive a sorte entre 15 de conquistar uma das três vagas oferecidas. Sem essas empresas de energia renovável era difícil conseguir um emprego na área”, declarou Francélio da Cunha Damasceno.

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Fonte: Meio Norte