Os incêndios seguem cada vez mais frequentes em Parnaíba. O período seco e os ventos fortes agravam a situação. Só entre julho e o início da manhã desta terça-feira (09/09) foram registrados 87 focos de incêndio e a maioria deles tem ligação direta com a ação humana. São queimadas em terrenos baldios, entulhos, lixo, vegetação e até áreas próximas de casas e comércios.

De acordo com o tenente Edivan Conrado, do Corpo de Bombeiros Militar, houve um aumento de 11% dos focos e muitas dessas queimadas começam de forma intencional e acabam fugindo do controle. O resultado é a fumaça que toma conta da cidade, trazendo riscos à saúde da população e danos à fauna e à flora.

Os bairros mais atingidos são Canta Galo, São Judas Tadeu, Tabuleiro, Ilha de Santa Isabel e o Residencial Jardim Atlântico que fica no bairro Floriópolis. Parnaíba possui grande área de vegetação e, com o tempo seco e os ventos mais intensos, a propagação do fogo se torna ainda mais rápida. Mesmo proibida, a prática de queima para limpeza de áreas agrícolas continua acontecendo, deixando rastros de fumaça.

O Corpo de Bombeiros enfatiza que a prevenção começa em atitudes simples. Não jogar pontas de cigarro em acostamentos, não colocar fogo em lixo ou mato e fazer o descarte correto de resíduos são medidas que evitam novas ocorrências. Em caso de incêndio, a orientação é não tentar apagar o fogo e acionar as autoridades imediatamente.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí proibiu qualquer tipo de queimada em todo o território do Piauí. A portaria que está em vigor até 15 de outubro de 2025 leva em conta a seca prolongada, os baixos níveis de água, a baixa umidade do ar e os ventos fortes que aumentam o risco de incêndios.

Em Parnaíba, o combate às chamas é feito diariamente pelos bombeiros, mas a responsabilidade de evitar novas ocorrências depende de toda a população.