O professor Gerson Meneses, do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Parnaíba, foi um dos vencedores da Categoria I do Prêmio Luiz de Castro Faria, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do Centro Nacional de Arqueologia. A premiação reconheceu o artigo científico intitulado “Preservação do Patrimônio Arqueológico Brasileiro”, fruto de sua pesquisa de pós-doutorado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).  

O estudo apresenta a fotogrametria como uma ferramenta inovadora, acessível e de baixo custo para a modelagem 3D de gravuras rupestres, propondo um protocolo eficiente para registrar e preservar painéis de arte rupestre. A pesquisa foi realizada no Sítio Arqueológico do Rio Pirangi, em Buriti dos Lopes, onde há pelo menos cinco painéis com gravuras milenares.  

“Esse trabalho, ele visa criação de um protocolo acessível de baixo custo para utilização da fotogrametria para criação de modelos em 3D de painéis com arte rupestre”, destacou o professor.  

Meneses, que atua na pesquisa arqueológica no Piauí há mais de 20 anos, já havia desenvolvido a plataforma Artes do Bitorocaia, onde são armazenadas imagens 2D de arte rupestre. Contudo, o novo projeto avança ao integrar modelos 3D, possibilitando uma experiência imersiva.  

“De 2018 para cá, eu criei uma plataforma chama “Artes do Bitorocaia” e lá a gente guarda imagens em 2d, só que nesse trabalho especificamente a gente avançou, a gente fez  mais um eixo, 3D e o eixo da perspectiva, ele dá a possibilidade de você criar modelos interativos, você faz uma imersão no painel e um pesquisador que está nos Estados Unidos, por exemplo, para estudar o sítio arqueológico do Pirangi, de uma maneira mais prática possível, não precisa vir até aqui, ele acessa o painel que está disponível na internet e ele consegue fazer essa imersão”, explicou Gerson.  

Além de ampliar o acesso ao acervo arqueológico, o projeto demonstra a importância de preservar o patrimônio histórico brasileiro contra ameaças de depredação e abandono, garantindo que esses registros permaneçam intactos para as futuras gerações.  

O Prêmio Luiz de Castro Faria celebra iniciativas como esta, que unem tecnologia e arqueologia para proteger e divulgar a riqueza cultural do país.