Em virtude da pandemia do novo coronavírus, o Governo do Piauí em consonância com os demais entes federativos, países do mundo todo e a Organização Mundial de Saúde, publicou um decreto que restringe uma série de atividades no Estado, com uma gama de medidas no intuito de frear a disseminação da Covid-19. Diante deste cenário desafiador, o Instituto Amostragem realizou nos últimos dias 24 e 25 de março uma pesquisa de opinião pública sobre a pandemia do coronavírus com os residentes do Piauí.

 

Ao todo, 2.257 pessoas foram entrevistadas, sendo que 1625 residentes do interior do Estado e 622 da capital. O questionário foi respondido por meio virtual, utilizando-se a rede social Facebook para a coleta, sendo replicado o link em outras redes sociais, como por exemplo, o WhatsApp. A margem de erro é de 2,07% e o nível de confiança de 95%.

 

Questionadas a respeito do surto do coronavírus, a qual já possui casos confirmados em Teresina, 58,88% dos entrevistados responderam que estão com muito medo; 35,43% indicaram que estão com um pouco de medo; 4,54% responderam que não estão com medo e 1,16% não souberam, ou não quiseram responder. Sendo assim, observados os dados da pesquisa Amostragem, é possível indicar que 94,31% dos residentes no Piauí entrevistas possuem medo da epidemia (seja ele em qual grau for, muito ou pouco).

 

O levantamento evidencia que o medo é maior entre os residentes no interior do Piauí, sendo que 59,88% disseram ter muito medo; 35,45% um pouco de medo e 0,92% não souberam ou não quiseram responder. Já na capital, 56,27% afirmaram ter muito medo do novo coronavírus; 35,37% têm um pouco de medo; 6,59% não têm medo algum e 1,77% não souberam ou preferiram não responder ao questionamento.

 

HOMENS TÊM MAIS MEDO; E MAIS VELHOS ESTÃO ENTRE OS COM MENOS MEDO

Grupo de risco para a Covid-19, os mais velhos entre os grupos que possuem menos medo do surto da doença no Piauí. Questionados pelo Instituto Amostragem, apenas 43,94% dos entrevistados com 60 anos ou mais possuem muito medo da Covid-19, 50% responderam ter um pouco de medo e 4,55% indicaram não ter medo algum. Outros 1,52% não souberam ou preferiram não responder.

 

O índice dos que têm muito medo do surto só é menor entre os entrevistados com menos de 18 anos, neste grupo, 37,50% afirmaram ter muito medo; 50% têm um pouco de medo e 12,50% não têm medo algum. A faixa etária de 30 a 39 anos concentra o maior índice de pessoas com muito medo do surto do coronavírus, 62,83%.

 

Outro dado da pesquisa aponta que os entrevistados do sexo masculino são os que mais têm medo da doença. Dos questionados, 60,14% afirmaram ter muito medo; entre as mulheres o índice é de 57,83%. Entre os homens, 33,50% indicaram estar com um pouco de medo, 4,80% responderam não ter medo e 1,57% preferiram não responder ou não souberam. Já entre as mulheres, 37,03% afirmaram estar com um pouco de medo; 4,32% indicaram não estar com medo e 0,82% não souberam ou preferiram não responder.

 

NÍVEL DE MEDO PELA PANDEMIA 

ESTÁ COM MUITO MEDO – 58,88%

ESTÁ COM UM POUCO DE MEDO – 35,43%

NÃO ESTÁ COM MEDO – 4,54%

NÃO SEI/NÃO QUERO RESPONDER – 1,16%

 

98,31% DOS PIAUIENSES ADOTARAM MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Questionados pelo Instituto Amostragem, 98,31% dos residentes no Piauí entrevistados indicaram ter adotado medidas de prevenção contra o surto do novo coronavírus, 1,07% responderam não estar adotando medidas preventivas, e 0,62% não quiseram ou não souberam responder.

 

A prevenção é maior entre o sexo masculino, 98,53% adotaram medidas preventivas; 0,88% não adotaram e 0,59% não souberam ou preferiram não responder. Entre as mulheres, 98,12% adotaram medidas preventivas; 1,22% não adotaram medidas de prevenção e 0,65% não souberam ou não responderam.

 

A adoção de medidas de prevenção é maior na capital Teresina, onde 98,39% afirmaram ter adotado medidas e 0,96% indicaram não ter tomado medidas preventivas; no interior, o índice de pessoas que estão seguindo as recomendações preventivas é de 98,28% ante 1,11% que não estão adotando medidas de prevenção à Covid-19.

 

MAIS VELHOS SÃO OS QUE ESTÃO SE PREVENINDO MENOS. 

Principal grupo de atenção das autoridades sanitárias, pelo maior índice de letalidade por conta da Covid-19, os mais velhos são os que menos têm adotado medidas de prevenção no Piauí, é o que indica a pesquisa Amostragem, realizada nos dias 24 e 25 de março.

 

Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 98,48% afirmaram ter adotado medidas de prevenção ante 1,52% que não adotaram medidas preventivas. Para efeito comparativo, no grupo com menos de 18 anos, 100% responderam ter adotado medidas de prevenção.

 

ADOÇÃO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO 

ADOTOU MEDIDAS DE PREVENÇÃO – 98,31%

NÃO ADOTOU MEDIDAS – 1,07%

PREFIRO NÃO RESPONDER – 0,62%

 

89,32% ADOTARAM MEDIDA DE ISOLAMENTO

Quando detalhadas as medidas de prevenção recomendadas, a mais adotada pelos residentes no Piauí é a lavagem das mãos; dentre os entrevistados pelo Instituto Amostragem, 92,61% afirmaram que estão lavando as mãos; na sequência aparece a medida de ‘ficar em casa’, que foi adotada por 89,32%.

 

Sobre o questionamento, 88,21% indicaram ainda que estão evitando bares, restaurantes e eventos; 73,79% estão usando álcool em gel; 65,73% adiaram viagens; 52,29% adotaram o trabalho remoto (ou seja, estão trabalhando em casa, no regime home office); 38,23% estão utilizando máscara (medida recomendada apenas para aqueles que estão com gripe) e 34,94% fizeram abastecimento. Ao todo, 1,07% não adotaram nenhuma medida; e 0,62% não quiseram responder ao questionamento.

 

MEDIDAS ADOTADAS DIANTE DA PANDEMIA

LAVAR AS MÃOS – 92,61%

FICAR EM CASA – 89,32%

EVITAR BARES, RESTAURANTES E EVENTOS – 88,21%

USAR ÁLCOOL EM GEL – 73,79%

ADIAR VIAGENS – 65,73%

TRABALHO REMOTO (EM CASA) – 52,29%

USAR MÁSCARA – 38,23%

FAZER ABASTECIMENTO – 34,94%

USO DE LUVAS – 11,88%

NENHUMA – 1,07%

NÃO QUIS RESPONDER – 0,62%

 

ATUAÇÃO DOS GESTORES É APROVADA PELA MAIORIA 

Nas últimas semanas, uma série de medidas contra a pandemia do novo coronavírus, como por exemplo, a recomendação para que a população evite aglomerações e a vedação da realização de eventos.

 

Questionados sobre a atuação da Prefeitura de Teresina diante da pandemia, 61,9% avaliaram a atuação como ótima ou boa; 25,72% avaliaram como regular; 10,62% como ruim/péssima e 1,77% não responderam.

Quanto à atuação do Ministério da Saúde, 53,54% avaliaram como ótima/boa; 29,77% como regular; 14,87% como ruim/péssima e 1,82% não responderam.

 

Em relação a atuação do Governo do Piauí, 50,42% avaliaram como ótima/boa; 31,06% como regular; 16,78% como ruim/péssima e 1,74% não responderam.

 

A avaliação das Prefeituras do interior, foi a seguinte: 48,31% avaliaram a atuação diante da pandemia como ótima/boa; 30,58% como regular; 19,26% como ruim/péssima e 1,85% não responderam.

 

AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DA PREFEITURA DE TERESINA 

ÓTIMO/BOM – 61,9%

REGULAR – 25,72%

RUIM/PÉSSIMO – 10,61%

NÃO RESPONDEU – 1,77%

 

AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. 

ÓTIMO/BOM – 53,54%

REGULAR – 29,77%

RUIM/PÉSSIMO – 14,87%

NÃO RESPONDEU – 1,82%

 

AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DO GOVERNO DO PIAUÍ

ÓTIMO/BOM – 50,42%

REGULAR – 31,06%

RUIM/PÉSSIMO – 16,78%

NÃO RESPONDEU – 1,74%

 

AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO DAS PREFEITURAS DO INTERIOR

ÓTIMO/BOM – 48,31%

REGULAR – 30,58%

RUIM/PÉSSIMO – 19,26%

NÃO RESPONDEU – 1,85%

 

Fonte: Meio Norte