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A descoberta surgiu depois de uma parceria com a Eletrobras para evitar a corrosão dos cabos e equipamentos dos postes e evitar queda de energia elétrica durante intempéries.

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em parceria com a Eletrobras desenvolvem resina para evitar a corrosão dos cabos e equipamentos dos postes e evitar queda de energia elétrica durante intempéries, informou o reitor da instituição, Arimatéia Dantas, que vai disputar a reeleição para o cargo nas eleições previstas para novembro.

Ele relata que um professor de Química da UFPI desenvolveu o material com objetivo de evitar a corrosão dos cabos e materiais elétricos o que pode beneficiar muitos piauienses que constantemente sofrem com a falta de energia, que acontece com frequência durante chuvas fortes, ventos e presença de relâmpagos.

Os pesquisadores da Universidade Federal do Piauí também desenvolveram óleo extraído do babaçu para o resfriamento dos transformadores de energia, que hoje é feito com óleos minerais.

“Nós temos um trabalho realizado pelo professor de Química, que está desenvolvendo um trabalho, com a Eletrobras Distribuidora, resina para revestimento de postes para evitar corrosão e o desenvolvimento de uso de óleo vegetal para o arrefecimento de transformadores de energia elétrica, que hoje, usam óleo mineral. Essa resina é justamente para proteger da corrosão e o óleo vegetal é usado para o arrefecimento dos transformadores de energia, que têm que ser refrigerados, baixam a temperatura.

Meio Norte – Qual o balanço que o senhor faz de sua administração?

Arimatéia Dantas – É muito positivo, apesar das dificuldades financeiras que enfrentamos, diferente de passado recente, quando o Ministério da Educação estava dispondo de muitos recursos e o país estava sem problemas de caixa. Agora, a situação é bem diferente, hoje temos contingenciamento, cortes no orçamento e dificuldades de receber o financeiro, mas, apesar de todas as dificuldades, nós estamos fazendo um trabalho que tem tido o reconhecimento da comunidade.

Meio Norte – Quais as obras que foram realizadas?

Arimatéia Dantas – Nós continuamos com as obras importantes de infraestrutura no Campus de Parnaíba para o curso de Medicina, em Teresina estão sendo realizados as obras para os cursos básicos como os de Biofísica e de Fisiologia, do Departamento de Morfologia, o prédio da Pós-Graduação de Computação está sendo concluído; estamos licitando para a construção do prédio da Pós-Graduação da Química, da Pós-Graduação de Nutrição, para o Curso Técnico de Floriano, para construção de oito salas no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL); concluímos a segunda etapa do Centro Integrado, que fica no Centro de Ciências da Educação (CCE) e CCHL; estamos construindo o prédio da Pós-Graduação em Bom Jesus. Também avançamos muito na questão da internet. Quando eu assumi, a velocidade da conexão era de 4 a 6 megas em cada campo, hoje nós temos 100 megas nos campi no interior e 1 giga em Teresina. O serviço melhorou muito permitindo a implantação do serviço institucional de wireless com segurança, o que está sendo concluído em Floriano, Picos e Bom Jesus.

Meio Norte – Como estão as pesquisas feitas pela Universidade Federal do Piauí?

Arimatéia Dantas – As pesquisas têm avançado. As pesquisas crescem junto com a pós-graduação. Quando assumi tínhamos cinco cursos de doutorado, hoje nós temos dez, duplicamos. Nós temos doutorado em Química, Educação, Nutrição, Ciência de Materiais, Políticas Públicas, Enfermagem. Nós dobramos o número do curso de doutorado, que eram cinco a agora são dez, também crescemos no número de cursos de mestrado. Hoje são 39 os cursos de mestrado e dez de doutorado, ficando em 49 os cursos. Então, a pesquisa cresce junto com a pró-graduação. Nós temos muitas patentes sendo depositadas. Nós estamos trabalhando com a expectativa de criarmos uma empresa e formar parceria para abrigar as novas startups, além das incubadoras que nós já temos. Outra prática importante de nossa gestão é o compartilhamento com a comunidade feita por nossa gestão, é uma gestão democrática em que todas as instâncias discutem as ações. Isso tem agradado porque se a comunidade se sente partícipe do desenvolvimento de nosso universidade. É uma universidade que está sendo construída pelo universo da comunidade e não apenas pelo reitor. Isso tem motivado as pessoas se dedicarem mais e tem feito com que a universidade cresça em qualidade e não apenas em quantidade.

Meio Norte – Quais as últimas descobertas feitas pelos pesquisadores da Universidade Federal do Piauí?

Arimatéia Dantas – Nós temos o lançamento descoberta feito por um grupo de pesquisadores de Parnaíba do fadigômetro, um equipamento que mede a fadiga muscular. Hoje, essa fadiga é medida de forma muito subjetiva e o aparelho faz essa medida de forma bem objetiva e pode ser usado até através do telefone celular. Os pesquisadores são do Laboratório do Professor Gildário, que envolve estudantes de computação, de física, de fisioterapia e de diversas áreas. É um grupo do Laboratório da Universidade Federal do Piauí.

Meio Norte – Quem vai usar o fadigômetro?

Arimatéia Dantas – Esse produto, cujo trabalho que está sendo concluído, e já foi lançado um protótipo é para ser usado em clínicas, em academias e, até, individualmente para cada pessoa que desejar. É um equipamento pequeno que pode ser usado através do celular e tem um pequeno chip que tem de ser colocado. É tipo uma braçadeira, é como se fosse um medidor de pressão arterial, mas que é menor que um medidor de pressão.

Meio Norte – No mercado já existe equipamento correlato?

Arimatéia Dantas – Não existe nenhum equipamento que possa fazer esse trabalho no mercado. O equipamento é colocado no telefone celular e vai dizer se a pessoa está fazendo o exercício certo.

Meio Norte – Quais foram as outras descobertas?

Arimatéia Dantas – Nós temos um trabalho realizado pelo professor de Química, o Professor Ribeiro, que está desenvolvendo um trabalho com a Eletrobras Distribuidora de resina para revestimento de postes para evitar corrosão e o desenvolvimento de uso de óleo vegetal para o arrefecimento de transformadores de energia elétrica, que hoje, usam óleo mineral.

Meio Norte – Sempre que chove cai a energia elétrica e a Eletrobras justifica que o sal, no litoral, e as intempéries, nos outros municípios corroem os cabos e o sistema elétrico provocando a queda do sistema.

Arimatéia Dantas – Essa regina é justamente para proteger da corrosão e o óleo vegetal é usado para o arrefecimento dos transformadores de energia, que têm que ser refrigerados, baixam a temperatura.

Meio Norte – De onde é extraído o óleo vegetal?

Arimatéia Dantas – O óleo que está sendo desenvolvido é vegetal para substituir o óleo mineral. É um óleo de babaçu. Nós temos uma fonte muito grande desse óleo vegetal, é um produto nosso e é uma descoberta muito importante.

Fonte: Meio Norte