No leilão de Reserva de 2013, o Piauí é o 5° estado com mais projetos. São 32 empreendimentos eólicos cadastrados (Foto: Francisco Leal)

Um novo cenário energético está sendo traçado no Piauí. Com ventos favoráveis e abundância em incidência solar, o estado vem sendo procurado por investidores do setor de energia elétrica do mercado nacional e internacional para a implantação de novos empreendimentos. E a oferta tem sido tamanha, que para o leilão de Reserva de 2013, a ser realizado no dia 23 de agosto, o Piauí é o quinto estado com mais projetos, contando com 32 empreendimentos eólicos cadastrados, que podem gerar até 943 MW de energia.

“Evidentemente que ainda haverá outras empresas que nós ainda não tomamos conhecimento que estarão ofertando energia também, mas já estamos bastante satisfeitos. O Governo do Estado está bastante otimista em relação ao setor elétrico, principalmente no que diz sentido às energias renováveis no estado”, comentou o secretário de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Estado, Edson Ferreira.

De acordo com o secretário, a expectativa é que, até 2016, sejam gerados mais de 560 MW de energia eólica, produzidas no litoral e na região Sudeste, fazendo com que o estado deixe de ser importador e passe a ser exportador de energia. Entre os três maiores recentes investimentos na região, apenas o parque eólico Pedra do Sal, da Tractebel já se encontra em operação. Localizado no litoral do estado, a usina abastece a rede com 17MW de energia, mas uma segunda fase de ampliação do parque, que se encontra em fase de licenciamento ambiental, eleva sua capacidade instalada para 90MW.

Além deste empreendimento, com um investimento inicial de R$300 milhões, outro projeto no litoral do estado da empresa Ômega Energia já está na fase de implantação e vai abastecer a rede com 70MW de energia. Da mesma forma, o planejamento do parque contempla uma segunda fase de expansão com mais 60 MW. “A empresa espera investir no estado, nos próximos quatro, cinco anos, cerca de R$4 bilhões. Até abril de 2014, a primeira fase deverá estar concluída, enquanto a segunda fase do projeto tem previsão de conclusão para até o fim do mesmo ano”, disse o secretário.

Outro grande empreendimento no estado será o Parque Eólico Chapada do Araripe, no município de Caldeirão Grande, interior do estado, onde serão gerados inicialmente 416 megawatts de energia. Os investimentos são da empresa Queiroz Galvão Energias Renováveis e chegam a R$1,48 bilhão na fase inicial do projeto, podendo chegar aos R$3 bilhões. “Essa é a produção inicial, mas alguns estudos já apontam para a possibilidade de produção de 800MW neste parque, que gerará mais de 1,4 mil empregos diretos para a região”, destacou Ferreira.

De uma maneira geral, a Região Nordeste tem uma exploração de energia eólica bastante avançada, os ventos típicos da região favorecem uma boa produção eólica esperada por megawatt instalado. “A energia eólica é uma realidade em países do Primeiro Mundo e o Brasil já está se voltando para ela, assim como o Piauí. Temos empresas nacionais e internacionais que estão investindo na região, o que, por sua vez, traz diversos benefícios locais de médio e longo prazo”, completou o secretário.

Geração de Emprego e Renda

Só na implantação do parque Chapada do Araripe, serão gerados cerca de 3,4 mil empregos diretos durante quatro anos. Ferreira explicou que existe ainda o comprometimento social com toda a região no suporte à comunidade nos setores de saúde, educação, entre outros, além de incrementar a economia e gerar renda para a população local. “Além disso, o estado vai qualificar e capacitar a mão de obra local e também nos beneficiaremos com os empregos diretos depois da implantação para a manutenção do parque. Uma das expectativas do governador Wilson Martins, é que com o tempo, também seja criado um parque industrial no entorno, pois todas essas máquinas e turbinas demandarão manutenção dentro de um certo prazo de oito a dez anos”, acrescentou o secretário.

Fonte: piaui.pi.gov.br