O governo do Piauí aprovou um plano de contingência da dengue, da chicungunya, zika e de abordagem emergencial nos casos de microcefalia. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado na quarta-feira (9). Na mesma data, outro decreto declarou situação de emergência na saúde pública do estado por conta do agravo das doenças.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o estado já tem 36 casos de microcefalia confirmados.
No plano de contingência, o governo do Piauí considera a magnitude dos casos das quatro doenças e destaca a real possibilidade de epidemias no período chuvoso que se aproxima. O plano visa integrar as ações de vigilância e atenção à saúde para tentar minimizar os casos das doenças e reduzir a taxa de mortalidade por elas provocada.
Em um trecho, o documento destaca que “o plano de contingência foi elaborado para organizar o enfrentamento de uma situação anormal de ocorrência da dengue, zika, e chicungunya que pode ocasionar sérias consequências à saúde, ao meio ambiente, além de prejuízos sociais e econômicos ao estado”.
Todos os órgãos governamentais foram incluídos e terão envolvimento nas ações estipuladas no plano de contingência, entre eles o Exército, instituições de ensino superior, Detran, Corpo de Bombeiros e diversas secretarias de estado.
Uma relação de municípios com médio e alto risco de infestação das doenças foi anexada ao plano. As cidades de Alegrete do Piauí, Avelino Lopes, Bonfim do Piauí, Buriti dos Lopes e Cajueiro da Praia lideram o ranking dos municípios apontados pelas autoridades em saúde como de alto risco.
Saúde Pública em Emergência
Já no decreto de emergência na saúde pública, o governo do estado destaca portaria do Ministério da Saúde que também declarou a mesma situação por conta da alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil. O decreto piauiense tem validade de 180 dias.
No documento, o governo do Piauí admitiu “alteração no padrão epidemiológico oficial de ocorrência de microcefalias em vários municípios do estado, com observação do aumento do número de casos e padrão clínico não habitual que exige providências urgentes”.
O documento encerra destacando que o Ministério da Saúde não descarta o risco de o país viver uma nova epidemia de dengue em 2016.
Fonte: G1/PI