O Piauí, durante quase toda a sua história, foi o mais pobre no Brasil, mas dos anos 1990 para 2018, o estado saiu desta situação e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que há oito estados com maior incidência de pobreza do que o Piauí.
Segundo o IBGE, os oito estados com maior incidência de pobreza do que o Piauí são:
- Maranhão;
- Alagoas;
- Amapá;
- Amazonas;
- Pará;
- Sergipe;
- Bahia;
- Ceará.
A estatística leva em conta o percentual de habitantes na pobreza ou na extrema pobreza no estado.
O estudo “Avaliação Continuada da Vulnerabilidade Social no Brasil: Impressões e Primeiros Resultados do índice de Vulnerabilidade Social (IVS) 2016-2017 de Bárbara Oliveira Marguti, pesquisadora do Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD), revela que o Piauí está entre os nove estados do Brasil onde houve redução da vulnerabilidade social no período de 2016 a 2017, quando a vulnerabilidade aumentou em 17 estados brasileiros, entre eles São Paulo e Rio Grande do Sul.
Segundo eles, a tendência se reverte no período mais recente (2016-2017) em dezessete UFs do país, onde a vulnerabilidade social aumentou, com destaque para Roraima, Amapá e Acre, na região Norte, Sergipe, Pernambuco e Alagoas.
Aumento da renda e trabalho ajudam na redução
Na região Nordeste, e São Paulo, na região Sudeste, mas Mato Grosso, Paraíba, Pará, Piauí, Rondônia, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais e Ceará são as que apresentam redução da vulnerabilidade social no período. Eles mostram que oito estados do Brasil, entre eles, o Piauí, tiveram redução da vulnerabilidade social de 2011 a 2017, isso é, durante sete anos, de forma consecutiva.
“Em ambos os períodos, são os indicadores da dimensão renda e trabalho os que mais contribuem para o desempenho geral do índice. Um exempto que chama atenção e o observado no período 2011-2015 para o Maranhão, que chegou a apresentar uma redução de 22,7% na vulnerabilidade social associada aos indicadores de renda e trabalho, saindo da faixa da alta vulnerabilidade social para a média. No período seguinte de análise, a tendência se inverte: o Maranhão volta para a faixa de alta vulnerabilidade social na dimensão renda e trabalho e apresenta aumento da vulnerabilidade igual a 3,6% de um ano para o outro, ou seja, de 2016 para 2017”, afirmam Bárbara Oliveira Marguti e Rodrigo Marques.
O calculo do IVS é feito com base no Plano Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) Anual e foi realizado para dez Regiões Metropolitanas (RMs). Já o cálculo do IVS tendo como base o PNAD Contínua, foi realizado para nove RMs.
Fonte: Jornal Meio Norte