Proporcionalmente ao número de habitantes, o Piauí é o estado com maior quantidade de acidentes de motos, a maioria envolve homens que ficam pelo menos um mês afastados do trabalho e os prejuízos para as empresas e também para as vítimas são inevitáveis.
Segundo o Instituído de Pesquisas Aplicadas (IPEA) o país gasta R$ 40 bilhões por ano no caso de morte ou por invalidez em acidentes em geral e a estimativa com perda por morte corresponde a 60% do valor, o que representa R$ 24 bilhões.
Somente de Janeiro a junho deste ano 259.845 pessoas ficaram inválidas em todo o país por acidentes com moto. No Hospital de Urgência de Teresina realizou somente este ano 12.332 atendimentos vítimas de acidentes de trânsito, 9.955 deles estavam em motocicleta, esegundo especialistas 65% das vítimas deixaram o hospital com sequelas.
O mototaxista Domingos Cantuário carrega no corpo as marcas da violência no trânsito. Ele trabalha no ramo há mais de 10 anos de sofreu desde 2011 três acidentes que o deixaram três anos sem trabalhar. “Nesse período eu contei com a ajuda dos amigos que juntavam dinheiro e me davam para que pudesse aliviar os danos”, contou.
O neurocirurgião Daniel França alertou que nem é precisou sofrer pancadas na cabeça para ficar com sequelas incapacitantes, pois a simples desaceleração brusca faz o cérebro chacoalhar dentro do crânio que ocasionam lesões irreversíveis.
“Ninguém volta a ser o que era antes, porém existem as sequelas que chamam a atenção, com um lado do rosto paralisado, um lado do corpo sem poder movimentar e existem também aquelas que atingem o cérebro que não se manifestam obviamente, elas comprometem a capacidade de raciocínio”, explicou.
Fonte: G1