O estado do Piauí gerou 25.741 postos de trabalho no ano passado em relação ao ano anterior, um crescimento de 6,15%. Foi o que indicou os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) relativo ao ano de 2013. O levantamento foi apresentado segunda-feira (18) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Até o final de 2012, havia 418.380 trabalhadores com vínculo empregatício ativo seguido de aumento em 2013, quando somou-se 444.121 postos de trabalho com carteira assinada no estado.

A administração pública continua sendo o maior gerador de empregos: passou de 149.420 empregos formais no ano de 2012 para 159.660 ao final de 2013, um estoque de 10.240 postos de trabalho. O setor de Serviços, o segundo maior gerador de empregos, somou 6.981 postos de trabalho entre 2012 e 2013.

O Comércio, que gerou em 2012, 81.056 postos de trabalho, teve um incremento de 4.019 novos empregos no ano seguinte. Os três setores juntos são responsáveis por mais da metade dos empregos gerados.

Apenas o setor de Serviços Industriais de Utilidade teve queda no número de novos empregos entre os anos de 2012 e 2013.

O ramo da construção civil continua se destacando nos últimos anos no Piauí. Enquanto em muitos estados como Pernambuco e Minas Gerais, houve um decréscimo no número de empregos, a oferta no Piauí continua a crescer.

No ano passado, os dados apontam um total de 37.251 profissionais com carteira assinada, ante os 33.436 de 2012, um acréscimo de 3.815 novos postos de trabalho com carteira assinada entre 2012 e 2013.

Em nível nacional, os dados revelam um crescimento de 3,14% no estoque de trabalhadores formais com relação a 2012, indicando a geração de 1,490 milhão de postos de trabalho, resultado superior ao verificado no ano de 2012 quando foram gerados 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no país.

Segundo informam dados da RAIS 2013, o montante de vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de 2013 no país atingiu 48,948 milhões, ante 47,459 milhões do ano anterior.

Revela ainda um aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais que alcançou um ganho de 3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$ 2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34% nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos homens.

Segundo o ministro, os dados demonstram uma desaceleração, porém mantém o saldo positivo na oferta de vagas formais. “O país vem mantendo a geração de postos, seguindo o crescimento do PIB. Apesar da desaceleração, criamos vagas de emprego e tivemos ganhos reais de salários, como demonstra a RAIS”, afirmou.

O dinamismo do emprego formal do mercado de trabalho decorreu do crescimento de 4,85% (+ 414,7 mil postos) no contingente de trabalhadores estatutários e do aumento de +2,76% (+ de 1,075 milhão de postos) dos empregos celetistas.

RAIS – A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a prestar declaração anual ao MTE.

Suas informações referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, colhendo dados da remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, além de dados dos estabelecimentos relativos à atividade econômica e área geográfica.

A RAIS além de traçar um perfil do mercado de trabalho formal no país é também o instrumento utilizado pelo governo para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do abono salarial.

Os dados da RAIS prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permite o controle da nacionalização da mão de obra; auxilia na definição das políticas de formação de mão de obra; gerando estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.

Fonte: Jornal Meio Norte