Números foram confirmados pela Secretaria de Saúde e Ministério da Saúde. Equipes estão rodando territórios realizando capacitações.
Os casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika aumentaram em 11% no Piauí, em relação à última semana epidemiológica. Agora, são 62 casos em 25 municípios piauienses, de acordo com o Ministério da Saúde. A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) afirma estar intensificando a capacitação de profissionais em todos os territórios do estado.
O número de óbitos com suspeita de relação com a doença permaneceu o mesmo, um caso. Segundo a gerente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Miriane Araújo, a tendência para as próximas semanas é se manter ascendente o registro desses casos.
“Alguns fatores contribuem com esse aumento, como o acesso à informação por parte das gestantes que começaram a buscar atendimento direcionado para a detecção da doença”, disse.
Nesta quarta-feira (13), equipes da Sesapi estiveram realizando capacitação em três cidades do estado: Piripiri, Bom Jesus e Oeiras. Nesta quinta-feira (14), uma equipe irá à Campo Maior, para realizar capacitação técnica dos profissionais de saúde para imprimir a investigação diagnóstica da doença.
“Estamos informando aos profissionais como notificar os casos, enviar o fluxo de paciente ao Centro de Referência de microcefalia, sediado na Maternidade Dona Evangelina Rosa, combatendo ao vetor e confirmando os exames necessários, referenciados para Centro, em Teresina”, pontuou Miriane Araújo.
A Sesapi acredita que com as intensas capacitações e a circulação de informações, os profissionais de saúde do Piauí estão mais sensibilizados a identificar os casos suspeitos de microcefalia por zika vírus.
Ação do MS
O Ministério da Saúde disponibilizou, a partir desta quarta-feira (13), a todos os profissionais e gestores do país, as Diretrizes de Estimulação Precoce: Crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia, diante do cenário de urgência dado pelo aumento de casos da doença em todo o país em decorrência de infecção pelo vírus Zika. São orientações aos profissionais das equipes da Atenção Básica e Atenção
Especializada para a estimulação precoce. O conteúdo é direcionado ao atendimento às crianças com microcefalia, em especial às com suspeitas de terem sido infectadas pelo zika vírus, podendo se aplicar ainda a outras condições ou agravos de saúde que interfiram no desenvolvimento neuropsicomotor nesta fase.
“As Diretrizes unificam o conhecimento e a conduta de atenção às crianças com microcefalia, para promover a estimulação no menor tempo possível, entre zero e três anos, que é a janela de oportunidade para a redução do nível de comprometimento causado pela malformação”, disse o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame. Confira aqui a íntegra das Diretrizes para Estimulação Precoce.
Fonte: G1