foto_1907_114330.jpg.360x243_q85No primeiro semestre de 2017, o Hospital Getúlio Vargas (HGV), por meio da Organização de Procura de Órgãos (OPO), duplicou o número de doações devido à ampliação do trabalho das equipes, apesar de haver, ainda, muita negativa por parte da família. Segundo o vice-coordenador da OPO, Gilson Cantuário, o maior problema da recusa ainda é cultural.

Em 2016, a média de doações era de cinco por mês. Nesse primeiro semestre de 2017, houve um aumento significativo, passando para 10 doações por mês. Cantuário explica que, apesar de ter tido um aumento, esse número poderia ser maior. “O número de doações ainda é baixo, por isso, estamos investindo na divulgação para que haja sensibilização das famílias em doar o órgão do parente falecido. Esse simples gesto, pode salvar muitas vidas”, destaca o vice-coordenador.

Segundo ele, a negativa das famílias ainda é muito alta, chega a mais de 70%. “Muitas vezes as crenças são o empecilho. “É importante esclarecer que, depois de diagnosticada a morte cerebral, não há como reverter o caso”, explica Gilson.

Ele destaca que é preciso falar sobre a morte. “A doação de uma pessoa pode salvar mais de oito. Por mais doloroso que seja, é preciso conversar em casa, expressar o desejo de doar seus órgãos. É um ato lindo que possibilita a manutenção da vida de outras pessoas”, acrescenta Cantuário.

Fonte: CCom