O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) apontando um cenário de crise para o setor no Piauí. Entre fechamento de lojas e diminuição da mão de obra a pesquisa, apurada sobre dados de 2015 investiga a estrutura produtiva das empresas comerciais, aferindo produtividade, taxa de margem do comércio, salários, retiradas e outras remunerações e pessoal ocupado.
No momento o Piauí colabora apenas com 0,77% do comércio nacional. A porcentagem representa aproximadamente R$ 26 bilhões da receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas do país. “O crescimento da receita foi nominal. Em termos reais não temos este número. O crescimento nominal não considera a inflação”, comenta o Supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, Eyder Silva. Em termos nominais a receita de 2015 cresceu 5,10% acima daquela obtida em 2014.
Em 2015 o número de pessoas ocupadas no comércio piauiense eram 7.122 empregados a menos que em 2014. “Houve uma queda de 7 mil pessoas no número de ocupados no comércio durante este período, apontando um aumento no desemprego”, comentou Eyder Silva a respeito do aumento de 6,77% no desemprego para o setor comercial piauiense.
Eyder explicou ainda que houve um crescimento no fechamento de lojas no Piauí. “Houve a redução de lojas no Piauí, matriz e filiais, as unidades locais que a gente chama”, disse o supervisor. Na prática em 2015 houve uma redução de 11,62% no número de unidades locais no Piauí, com o fechamento de 2721 lojas. Em 2015 o Piauí tinha 20.689 unidades locais, 1,21% de todo o país.
Baixa participação também entre os estados do Nordeste
A Pesquisa Anual do Comércio mostrou ainda que em 2015 o Piauí teve a segunda menor participação de receita no comércio entre os estados nordestinos. Com apenas 5% o Piauí só teve contribuição maior que Sergipe, que ficou com 3,5%. “O Piauí tem uma participação baixa em relação ao Nordeste, superado apenas por Sergipe”, explicou Eyder Silva.
As principais áreas de destaque do comércio piauienses são o comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio atacadista e comércio varejista. “Há 3 segmentos em que o estado se destaca, mas mesmo assim há um cenário de receita equivalente com empresas enxugando custos com pessoal e administrativos”, finalizou.
Fonte: G1/PI