Parnaíba concentrou o maior segundo maior número de empresas registradas, com 362.

 

De janeiro a novembro deste ano, foram registradas no Piauí 7.567 empresas. A informação é da Junta Comercial do Estado do Piauí (Jucepi). “Considerando apenas até o mês de novembro de cada ano, a Jucepi observou um crescimento de 44,5% na abertura de empresas em todo o estado”, disse Alzenir Porto, presidente da Jucepi.

 

Desse total de empresas abertas, Teresina registrou 3.240, o que representa 42,8%, seguida de Parnaíba com 362 (4,8%), Picos com 339 (4,5%), Floriano registrou 223 (2,9%), São Raimundo Nonato registrou 157 (2,1%). A Jucepi registrou empresas em Bom Jesus (152), Uruçuí (121), Piripiri (109), Campo Maior (109), Oeiras (88).

 

Segundo Alzenir Porto (foto acima), o crescimento na abertura de empresas é registrado em todo o país. “Em nosso Piauí, o crescimento se deve a diversos fatores. Tradicionalmente existe o empreendedorismo por necessidade, principalmente, por causa da taxa de desemprego, mas observamos também nessa pandemia que muitas pessoas descobriram novos talentos e começaram a empreender. Fora isso, temos um ambiente de negócios mais moderno e dinâmico. Na Jucepi, por exemplo, a abertura de empresa é 100% on-line no site do Piauí Digital. Hoje é possível abrir e operar uma empresa exclusivamente pela internet, o que reduz custos tanto na formalização como operação do negócio.

 

Saldo positivo

Alzenir faz um balanço de empresas abertas e fechadas em 2021 e diz que as empresas abertas correspondem a 171,43% das empresas fechadas no mesmo período de 2021. “De janeiro a novembro, por exemplo, foram abertas 7.567 empresas, por outro lado 3.153 empresas foram baixadas. Mesmo assim, o saldo entre abertura e fechamento segue positivo com 4.414 novas empresas”, explica.

 

Entre os empreendimentos abertos, o setor de comércio representa 45,09% com 3.412 empresas abertas. Seguida dos setores de saúde humana e serviços sociais com 660 (8,72%). Já no setor de atividades profissionais, científicas e técnicas, foram registradas 657 (8,68%).

 

No setor de construção, a Jucepi registrou a abertura de 500 empresas (6,61%). Outros setores de destaque foram atividades administrativas e serviços complementares (367), alojamento e alimentação (360), indústria de transformação (335), informação e comunicação (236), transporte, armazenagem e correio (218), artes, cultura, esporte e recreação (160), educação (138), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (123), agricultura, pecuária, produção flrorestal, pesca e aquicultura (103), ouras atividades de serviços (103) atividades imobiliárias (92), eletricidade e gás (70), água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (22), indústrias extrativas (11).

 

Microempresas representam 83,07% dos novos registros

Alzenir Porto informa ainda que do total de empresas registradas, foram registradas 6.286 microempresas, o que representa um total de 83,07% e 944 empresas de pequeno porte, o que significa 12,48% de as demais foram 337 registros, que chega a 4,45%.

 

Para 2022, a Jucepi continuará investindo na simplificação dos seus serviços. O primeiro projeto que será lançado ainda nos primeiros meses do ano é o balcão único de empresas, um processo de abertura de empresa simplificado no sistema Piauí Digital.

 

“Para o empreendedor, a principal mudança é a redução de etapas no processo de registro de empresa com a eliminação do preenchimento do DBE (documento básico de entrada) no site da Receita Federal. Com isso, toda a coleta de dados será realizada exclusivamente no site do Piauí Digital, evitando duplicidades de informações e reduzindo os erros de preenchimento de diferentes sistemas”, diz.

 

Desafios

Segundo Alzenir, o principal desafio para 2022 é incentivar a formalização de negócios e reduzir ainda mais burocracia. Para isso, estamos elaborando um grande projeto de integração com os órgãos estaduais e os municípios piauienses para agilizar o licenciamento e os alvarás para os empreendimentos.

 

A Jucepi ao longo dos últimos anos passou de mero órgão cartorário para porta de desenvolvimento econômico. Mesmo nesse período da pandemia, avançamos muito em 2021 com diversas ações internas que facilitaram a vida do empreendedor como a ampliação da automação dos nossos processos a exemplo do deferimento automático para livros contábeis e do nome empresarial, além do lançamento de novos serviços on-line como a inscrição de leiloeiro público.

 

Fonte: Isabel Cardoso / Meio Norte