As usinas de energia eólica serão instaladas nas cidades de Lagoa do Barro e Queimada Nova.
As usinas de energia eólica serão instaladas nas cidades de Lagoa do Barro e Queimada Nova.

No leilão de energia realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, na última sexta-feira (28/11), o Piauí comercializou nove projetos para instalação de usinas de energia eólica nas cidades de Lagoa do Barro e Queimada Nova, na região do semiárido. Os empreendimentos são resultados de estudos da empresa Atlantic e Ventos de São Virgílio. Ao todo, os nove projetos possuem capacidade de gerar 225 MW de energia com investimentos de R$ 828 milhões.

Os estados do Nordeste dominaram o leilão de energia eólica. O Piauí foi o segundo estado que mais vendeu projetos, ficando atrás da Bahia, que vendeu 17 projetos. O Rio Grande do Norte vendeu sete e a Paraíba três. A energia negociada terá início de suprimento em janeiro de 2019. Desde 2013 o Piauí vem se destacando em leilões para contratação de energia eólica. O Estado possui condições técnicas favoráveis para geração de energia eólica.

Além de energia eólica, o leilão colocou à venda projetos para gerar energia a partir de hidrelétricas, usinas solares e termelétricas movidas a carvão, gás natural e biomassa.

Para as termoelétricas (carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa) e para a fonte eólica, os contratos de compra e venda serão na modalidade por disponibilidade. No primeiro caso, o prazo de suprimento é 25 anos e no segundo, 20 anos. Os empreendimentos hidrelétricos, por sua vez, serão na modalidade por quantidade, com prazo de 30 anos.

O custo marginal de referência do leilão é R$ 209 por megawatt- -hora (MWh). O preço de referência dos empreendimentos hidrelétricos acima de 50 megawatts (MW), relativo à Usina Hidrelétrica (UHE) Itacoara 1, é R$ 114/MWh. Pequenas centrais hidrelétricas e UHE com potência menor ou igual a 50 MW terão como preço referencial o valor de R$ 164/MWh.

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, Pepitone ressaltou que 2014 foi o ano em que mais se agregou energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os dados indicam que até 15 de novembro foram agregados à matriz elétrica 6.323 MW de potência instalada. Desses, 43% são oriundos de usinas hidrelétricas.

No caso da energia eólica, foram agregados 2.138 MW de potência instalada, o que corresponde a 33% da energia que agora faz parte do SIN. Com relação às termelétricas, as de combustível fóssil totalizaram 388 MW, as de biomassa, 982 MW, e a PCH, 72 MW.

Fonte: Portal O Dia