O Serviço Reservado da Polícia Militar é uma seção da PM dentro dos quarteis de Polícia em todo o Piauí. Em Parnaíba, por exemplo, os PMs conhecidos como “P2” atuam disfarçados como cidadãos comuns e não utilizam farda, para assim se infiltrarem nas comunidades e obterem informações privilegiadas, que ajudam a desvendar ou até evitar crimes, bem como desarticular “esquemas” de tráfico de drogas.
A partir de agora, as investigações e as ações do Serviço Reservado ficarão restringidas somente para os crimes militares. O auxilio dos “P2”, muitas vezes solicitados pelos delegados, foi considerado atividade de investigação policial, atribuição que de acordo com o Ministério Público compete a Polícia Civil.
A decisão do promotor Fernando Santos atende a uma solicitação do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI). Essa é uma das reivindicações da categoria no movimento conhecido como “Polícia Legal”. A justificativa é que o Reservado da PM estaria praticando desvio de função e contribuindo para o não aumento do efetivo da Polícia Civil.
“Dentre as várias denúncias que nós fizemos, uma delas foi exatamente à presença de Policial Militar apaisano fazendo trabalho de investigação, efetuando prisões, o que é uma ilegalidade. E em uma administração pública só se faz o que a lei determina ou autoriza. Então nós denunciamos porque isso se caracteriza uma usurpação de função”, afirmou o presidente do SINPOLPI, Cristiano Moraes, em entrevista a uma emissora de TV da capital.
Ainda segundo informações, o Comando Geral da Polícia Militar do Piauí resolveu não se pronunciar a respeito das restrições das atividades, informando apenas que a recomendação do Ministério Público foi repassada através de memorando ao comandante do Serviço Reservado do Piauí.
Por Kairo Amaral