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A Polícia Federal divulga hoje o seu relatório final sobre a morte da estudante de Direito Fernanda Lages, ocorrida em agosto do ano passado. Cerca de 100 profissionais da imprensa se inscreveram para acompanhar a divulgação. A mesa esclarecedora tem o superintende da Polícia Federal do Piauí, Nivaldo Farias, o coordenador de defesa institucional da Polícia Federal do Brasil, Marco Aurélio Pereira, o delegado regional da Policia Federal José Olegário, os delegados superintendentes do inquérito Alberto Ferreira Neto, e José Edilson e o chefe da perícia técnica da Polícia Federal do Piauí, José Arthur Vasconcelos.

Entrada no caso

O superintendente da Polícia Federal do Piauí Nivaldo Farias, abriu a entrevista coletiva esclarecendo a entrada da Polícia Federal na investigação da morte da estudante Fernanda Lages, “Nos dois primeiros meses quem fez a investigação foi a Polícia Civil, que relatou os fatos e enviou ao Ministério Público que não se contentou com o resultado e mobilizou a PF há entrar no caso. No norte a razão que trouxe a PF no caso foi o possível tráfico internacional de mulheres, só que não tinha como investigar esse tráfico sem destrinchar o fato principal”, afirmou Farias.

Tráfico Internacional de Mulheres

O delegado da Polícia Federal afirmou que não há relação entre a morte da estudante com o tráfico de mulheres. “Nenhuma pessoa envolvida próxima há Fernanda se dirigiu a outro país ou Estado para se prostituir”

Queda

O braço dela serviu como proteção para queda e os dentes dela quebraram porque a caixa craniana foi quebrada e não por pancada externa como murro. O crânio tinha fraturas e achatamentos provocados pelo solo, todas as costelas foram quebradas e a bacia também. A marca do vestido indica que ela estava em pé na mureta, por isso ela não foi jogada.

Tragédia

Fernanda se encontrou com o ex-namorado Pablo Vital, pegou R$ 10 com ele e foi ao restaurante Chão Nativo, assistiu jogo e foi para a boate Cenário na zona Leste de Teresina de lá foi para o Bar Pernambuco e seguiu sozinha para o posto de gasolina no caminho para a obra do Ministério Público. Até o local da construção ela não parou em lugar nenhum, pois não deu tempo, o vigilante de uma concessionária a viu estacionando sozinha no prédio e o vigia da construção não viu ninguém e não há vestígios de uma segunda pessoa.

Motivações

O quadro é sugestivo de suicídio, mas o delegado não descartou a possibilidade de queda acidental, já que ele não apurou nenhuma motivação para que Fernanda cometesse suicídio. Fernanda tinha 1,17% de graduação alcoólica no sangue o dobro permitido para dirigir e Fernanda estava tomando remédio para enxaqueca que associado ao álcool tem ação potencializadora e pode provocar mudança de comportamento e causar um efeito suicida.

Fonte: Meio Norte