A Força Nacional de Segurança Pública é um programa de cooperação de Segurança Pública brasileiro, coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça (MJ), que tem como função atuar em operações especiais pelo Brasil. Desde que foi criado, o grupo já recebeu cerca de 500 policiais militares do Piauí que passaram pelo treinamento. Em decorrência da proximidade da Copa do Mundo, vários piauienses estão fazendo o curso de nivelamento.
Em 2014, o processo de seleção de policiais militares de todo o país para integrar o departamento da Força Nacional foi antecipado diante da necessidade de capacitar um volume maior de profissionais para atuar em eventos que envolvem grandes multidões, como o mundial de futebol, que acontecerá este ano no Brasil.
Representando o nosso estado, cerca de 40 policiais militares de diversos batalhões piauienses foram a Brasília onde participam de treinamentos e cursos. Os profissionais estão à disposição da Força Nacional desde o início do mês de maio.
Para fazer parte do departamento da Força Nacional, o policial interessado, após inscrever-se no processo seletivo, é submetido a uma bateria de testes físicos, exames de saúde e análise da conduta dentro da corporação.
Há dez anos, o Piauí envia policiais para a Força Nacional, até então, cerca de 500 policiais militares fizeram parte do treinamento que acabam refletindo positivamente também para o estado, que passa a contar com profissionais com novas habilidades e capacidade técnica ampliada, além de receber equipamentos da União, como viaturas e armamentos.
Alguns membros encontram a oportunidade de coordenar disciplinas e serem instrutores da Força Nacional, como é o caso do atual comandante do Batalhão de Operações Especiais do Piauí (Bope), major James Sean, oficial da Polícia Militar há 20 anos.
Ele ministra disciplinas da Força Nacional desde o ano de 2005, e explica que para isso foi preciso demonstrar bastante esforço, disciplina e dedicação. “Diante do meu desempenho de comandante de Pelotão e por já possuir Curso de Operações Especiais, eu fui enviado pelo governo federal para a Espanha onde fiz um curso de contraterrorismo e na volta fui convidado a fazer parte do quadro de ministros da força”, explica.
“Durante o treinamento, o policial estuda disciplinas que vão desde direitos humanos até técnicas de operações especiais, ele recebe uma carga intensa de informações e, além disso, participa de operações rurais, técnicas de patrulha em ambiente urbano e rural, curso de tiro, direção defensiva, ostensiva e evasiva, além de primeiros-socorros”, acrescenta.
Para o sargento Reis, que atua no Bope há três anos e participou da 9ª edição de nivelamento da Força Nacional, após o curso ele voltou muito mais capacitado para agir diante das ocorrências. “Lá, eu aprendi muito sobre os direitos humanos e como realizar uma abordagem de forma mais humanizada, além de técnicas mais aprimoradas”, afirma. O tenente Renildo Alves, que também atua no Bope há um ano, reforça a fala do sargento Reis quanto às questões de direitos humanos, além disso, ele ressalta a importância de ter convivido com policiais de outros locais do país.
Fonte: Ccom