Palácio de Karnak
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Até o final deste ano o Palácio de Karnak deixará de ser a sede oficial do Governo do Piauí. O processo de mudança do local em que o governador Wilson Martins (PSB) irá despachar está em fase de preparação para licitação e a obra deve iniciar até o início de abril. De acordo com a superintendente de projetos do Governo do Estado, Lucile Moura, o Palácio de Karnak será apenas um local de recepções enquanto o Palácio do Vaqueiro – nome escolhido para a nova sede do Executivo estadual – será usada pelas áreas administrativas ligadas diretamente ao governador, como a Secretaria estadual de Governo.

“O Palácio do Karnak é hoje um local inapropriado para o trabalho diário, tanto a questão de estacionamento, acessibilidade, banheiros. Talvez há algum tempo atrás ele tenha realmente servido mas hoje ele deixa a desejar. Para um ato em que o Governo faz, como entrega de medalhas, receber ministros, é um local fantástico, que tem a história dentro de si. Para a parte operacional, realmente, o Governo do Estado merece um espaço melhor qualificado”, explicou Lucile.

A Secretaria estadual de Infraestrutura é a responsável pela obra. “Já tem recurso garantido do Tesouro estadual e quando tem recurso garantido facilita muito”, frisou. O projeto de mudança para um prédio no Centro Administrativo já estava em andamento desde o governo de Wellington Dias (PT). Além do gabinete do governador, a secretaria de Governo também deve sair do Karnak e ficar reunida em um só prédio, já que hoje se divide entre o Palácio de Karnak e outras repartições.

O Palácio de Karnak foi construído no final do século XIX, ainda durante o Segundo Império. Nele funcionou inicialmente uma escola, o Instituto Karnak, sendo posteriormente utilizado como residência pelo Barão de Castelo Branco. Em 1926, lá foi instalada a sede do Governo Estadual, na gestão de Mathias Olympio de Melo. Em reforma na década de 1970, ganhou jardins projetados pelo famoso paisagista Roberto Burle Marx. Recebeu alas laterais, perdendo os aposentos residenciais que tinha até então, passando a funcionar somente para despachos e cerimônias.

Fonte: Meionorte