No quarto trimestre de 2022, cerca de 54,1% da população de 60 anos ou mais de idade no Piauí informou não ter tido qualquer acesso à internet, o que representa o maior indicador do país para aquela faixa etária. A média brasileira de não acesso à internet para aquele grupamento de idade ficou em 37,9% e a média da região Nordeste, em 48,7%. Dentre as unidades da federação, os menores acessos à internet para a população idosa ficaram com o Distrito Federal (17,8%) e o Rio de Janeiro (27,7%). São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, retratadas no módulo temático sobre Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
Dentre os principais motivos informados pela população idosa para não ter tido acesso à internet estão o fato de não saberem utilizar aquela plataforma (47,7%), a falta de necessidade de acesso (23,5%), e o serviço de acesso à internet ser caro (11,1%). Merece ser destacado que, apesar de atualmente ter o menor contingente da população com acesso à internet, ano a ano a população idosa tem apresentado uma tendência de crescimento na proporção de acesso. Assim, em 2016, no Piauí, o não acesso à internet atingia cerca de 91,4% das pessoas de 60 anos ou mais de idade, proporção essa que reduziu-se para 78,8%, em 2019; para 65,1%, em 2021; e para 54,1%, em 2022.
No Piauí, os grupos etários da população que apresentaram menor proporção de pessoas sem acesso à internet foram os de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos, com cerca de 3,8% das pessoas daqueles grupos. Após essas faixas etárias, a tendência verificada é de que, com o aumento da idade, uma parcela cada vez maior da população não tenha acesso à internet, registrando-se praticamente o dobro de aumento na proporção de pessoas sem acesso à internet na passagem de um grupo etário para o outro. Assim, o grupo etário de 30 a 39 anos apresentava 7,4% das pessoas sem acesso à internet, seguido do grupo de 40 a 49 anos, com 15,9%; do grupo de 50 a 59 anos, com 26,4%; e, finalmente, o grupo de 60 anos ou mais, com 54,1%.
Cerca de 86% dos domicílios piauienses têm acesso à internet
No 4o. Trimestre de 2022, cerca de 86,4% dos domicílios do Piauí tinha acesso à internet, o que posiciona o estado com o quarto menor indicador de acesso no país, à frente somente do Amazonas (86,4%), Maranhão (85,6%) e do Acre (83,9%). A média de domicílios com acesso à internet no país é de 91,5% e a da região Nordeste de 87,8%. São informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, retratadas no módulo temático sobre Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
Ano a ano tem crescido o acesso à internet nos domicílios no Piauí e no Brasil como um todo. Assim, o acesso à internet por parte de 86,4% dos domicílios do estado, em 2022, representa um crescimento de cerca de 60% em relação ao observado no ano de 2016, quando o acesso se dava em aproximadamente 54,2% dos domicílios, o que colocava o estado à época com o segundo menor indicador do pais. No mesmo período, no Brasil, o crescimento do acesso à internet nos domicílios cresceu cerca de 29% e na região Nordeste elevou-se em 51,6%.
Dentre os principais motivos alegados para não se ter acesso à internet nos domicílios estavam: o fato de nenhum morador saber utilizar a internet (32,1%); serviço de acesso à internet considerado como caro (28,8%); e falta de necessidade (25,6%).
A utilização de internet nos domicílios é feita quase que exclusivamente por banda larga, onde a modalidade de banda fixa está presente em cerca de 90,2% dos domicílios com acesso à internet no Piauí, seguido da banda móvel, em 60,3% dos domicílios, indicando que as duas formas de acesso coexistem em alguns domicílios.
O aparelho de acesso à Internet indicado pela grande maioria das pessoas foi o telefone móvel celular (98,9%). Em seguida, mas com considerável diferença, aparece a televisão. Percebe-se que ao longo do tempo o número de pessoas que utilizam a Internet pela TV vem crescendo em ritmo acelerado. Saiu de 11,3% em 2016 para 32,2% em 2019 até chegar a 47,5% em 2022. Já o microcomputador segue trajetória reversa: em 2016, o percentual de utilização era de 63,2%, passando para 46,2% em 2019 até chegar nos 35,5% de 2022. O tablet também vem caindo: de 16,4% em 2016 para 7,6% em 2022.