Professor de administração dá dicas para quem gastou mais do que devia nas festas de fim de ano
O mês de janeiro é sinônimo de dor de cabeça para muita gente. As dívidas com as festas de fim de ano, que vão desde viagens, até compra de produtos alimentícios para a Ceia de Natal, podem pesar no bolso do brasileiro caso não haja controle de gastos.
Para organizar as despesas, o operador de CNC, Rafael Rodrigues, usa várias ferramentas digitais.
Ele aproveitou as férias do trabalho para reencontrar a família em Parnaíba, e contou que evitou o uso do cartão de crédito nesse período. “Eu me organizei o ano todo guardando uma caixinha de dinheiro […] Eu fiz de tudo para que além do valor estimado que eu teria que gastar, eu procurei separar um valor extra, de emergência, porque às vezes aparecem gastos que não estão no orçamento”, disse ele sobre sua organização para passar o fim de ano em família.
De acordo com o professor de administração, Arnaldo Aguiar , no momento do desespero com as contas neste início de ano, a dica é pagar as dívidas de forma integral. Mas quando o orçamento fica incompatível com o saldo devido, é preciso ter cuidado para evitar o endividamento. “Quando a gente compromete mais do que a gente pode honrar, ela [a conta] entra como gravidade […] Então, toda a energia deve ser concentrada para quitar esse compromisso”, explicou.
A negociação com a instituição financeira é uma saída para quem deseja condições de pagamento mais flexíveis, principalmente quando o assunto é fatura de cartão de crédito. Só que é preciso escolher bem para não pagar juros abusivos. “São duas coisas que a gente não pode fazer; Deixar de pagar e também não pode pagar só o mínimo, porque os juros são galopantes, são os maiores juros que existem na economia nacional. Então faça o máximo esforço para poder quitar esse débito imediatamente, se você não conseguir pagar de uma vez, você procura negociar com a instituição em parcelas, mas o menor número de parcelas possíveis”, orientou.
E na hora do aperreio, não tem como tirar do dinheiro destinado para cumprir compromissos e usá-lo no lazer. Sacrifícios são necessários para garantir o pagamento da dívida. “E aí é onde entra realmente aquele esforço, esquece aquela história do lazer, por enquanto, esquece aquele famoso ‘eu mereço’, para poder quitar as contas, porque não tem nada que você mereça mais que a paz, e você só vai ter paz se estiver com as contas em dia”, explicou Arnaldo Aguiar.
Uma dica para gastar menos em janeiro, é aproveitar as condições especiais concedidas nos primeiros dias do ano para pagamento de impostos, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), por exemplo.