Anderson Almeida da Silva

O professor Anderson Almeida da Silva, do campus de Parnaíba (CCBIO), foi convidado pelo comitê nacional da organização do evento Rio+20 (Conferências da ONU sobre o desenvolvimento sustentável), na pessoa do consultor de línguas de sinais da Coordenação de Acessibilidade e Inclusão Social do CNO (Comitê Nacional de Organização) a se juntar ao time de intérpretes internacionais do evento da Rio+20.

O Prof. Anderson foi escolhido devido a sua ampla participação junto aos segmentos sociais que trabalham com as pessoas surdas e seu envolvimento integral em pesquisas sobre a tradução/interpretação de/para línguas de sinais no Brasil e no mundo. Durante o evento atuará com intérpretes de renome na área da tradução/interpretação de/para línguas de sinais, como: Liz Scot Gibson (Inglaterra), Gerdinand Wagenaar (Holanda), Bill Moody (EUA), Nigel Howard (Canadá), Anderson Almeida (Brasil – UFPI) e Rodrigo Machado (Brasil – UFC).

O CNO, sob a direção do Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), é diretamente responsável pela organização da Rio+20 e tem, como parte da sua missão, garantir o maior nível de acessibilidade possível para as pessoas com deficiência . Como tal, a Rio+20 promete ser o evento mais acessível na história da ONU.

Além de interpretação em LIBRAS na sala principal e mais cinco salas, haverá interpretação em Sinais Internacionais (previamente conhecido como “gestuno”), legenda em tempo real em inglês e português, audio-descrição e piso tátil para pessoas com deficiência visual, e acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Adicionalmente, as interpretações das plenárias (em libras e sinais internacionais), bem como legendas em tempo real (em português e inglês) serão transmitidas via internet disponibilizando informações para surdos e ouvintes de todo o mundo.


A organização do evento aproveita a ocasião para pôr em prática a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e mostrar um modelo de inclusão para ser referência para outras nações e outros eventos da ONU. Sabemos que, para incluir usuários da língua de sinais, a mera contratação de um intérprete não é suficiente; precisamos de intérpretes de qualidade, capazes de entender o português utilizado em uma conferência internacional, termos políticos, econômicos e com a fluência necessária para transmitir esses conceitos claramente em LIBRAS/Sinais Internacionais.