Está agendada para o mês de agosto a nova greve dos professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Eles estão insatisfeitos com a demora do governo do estado em apresentar propostas de reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho para a categoria. A decisão, que já foi acordada entre os membros da associação dos docentes da instituição (ADCESP), deve interromper o início das aulas no segundo semestre de 2012.
“O governador alegou que estava esperando passar as convenções políticas para poder saber como ficaria os salários dos servidores do estado e em cima deste valor acrescentaria 5% para os professores da Uespi. Porém, até agora ele não se pronunciou”, afirma Lina Santana, presidente da ADCESP.
Os professores reivindicam que o piso inicial da categoria suba dos atuais R$ 1.071,00 para R$ 1.467,00 – o mesmo piso concedido aos docentes do estado do Ceará. “Durante o mês de maio, paralisamos nossas atividades por três dias. O governador nos recebeu e disse que iria apresentar uma proposta. Aceitamos a negociação, suspendemos a greve, voltamos para as salas de aula, mas ele não está cumprindo com a parte dele”, declara Lina Santana.
Os membros da ADCESP também reclamam por melhorias nas condições de trabalho em todos os campus da Uespi, tanto da capital quanto do interior do estado. A docente conta que o quadro de professores efetivos da instituição ainda está aquém do necessário.
A categoria pontua ainda que se for necessário irá segurar as cadernetas dos professores que ainda não entregaram as notas do primeiro semestre deste ano, para que assim seja inviabilizado o próximo período de matrículas na Uespi. O objetivo desta ação é reforçar ainda mais a greve dos docentes. Lina Santana revela que, nesta terça-feira (10), a Associação dos Docentes da Uespi irá aproveitar a visita do governador Wilson Martins, que vai inaugurar o projeto Geratec na Uespi, para cobrar a apresentação de novas propostas satisfatórias para a categoria.
Fonte: Jornal O DIA