Servidores e professores de instituições federais em greve começaram a retomar o trabalho a partir desta terça-feira (13). Cerca de 50 instituições foram afetadas pela paralisação que teve início em maio, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
O G1 fez um levantamento sobre a situação das faculdades e universidades em todo o país:
Acre
Professores da Universidade Federal do Acre (UFAC) encerraram a greve no dia 8 de outubro. A data oficial para a retomada das atividades ainda não foi definida.
Alagoas
A greve dos professores na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) acabou no dia 24 de setembro e as aulas voltaram no dia 5 de outubro. Já os servidores, que também estavam parados, devem retomar o trabalho nesta terça.
Amapá
A greve dos professores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) pode ser encerrada no dia 14 de outubro, quarta-feira. O sindicato realizará uma assembleia para decidir se vai aderir à indicação de uma saída unificada da greve com sindicatos de todo o país.
Amazonas
Em assembleia geral, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aprovaram, por unanimidade, uma proposta para encerrar no dia 16 de outubro a paralisação, que já dura 113 dias. Segundo a Associação dos Docentes da Ufam (Adua), as aulas serão retomadas no dia 19 deste mês.
Bahia
Os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) continuam em greve. Eles farão nova assembleia às 14h de quarta-feira (14), na Faculdade de Arquitetura, localizada no bairro da Federação, em Salvador. A assembleia irá decidir o indicativo de fim da greve.
Se o fim da greve for confirmado, o dia da retomada das aulas dependerá da definição do calendário acadêmico pelo conselho universitário. O conselho – que é composto por representantes da universidade, de funcionários e dos alunos – deve se reunir na quinta (15), de acordo como sindicato que representa a categoria no estado.
Ceará
As atividades da Universidade Federal do Ceará (UFC) serão reiniciadas nesta quarta-feira (14). A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A instituição de ensino entrou em greve em agosto. Durante a reunião, ficou definido o novo calendário universitário de 2015 e o de 2016 como também a reposição integral do período de paralisação.
Distrito Federal
No Distrito Federal, os professores não entraram em greve. Já os servidores técnicos e administrativos fizeram uma paralisação de 133 dias. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília, todos os serviços da universidade, como a biblioteca ficaram prejudicados do dia 28 de maio a 7 de outubro. Com o fim da greve, todos os serviços foram normalizados.
Espírito Santo
Os trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) decidiram pelo encerramento da paralisação e retomaram as atividades na semana passada.Os professores da Ufes não aderiram à greve.
Maranhão
Os técnicos-administrativos em Educação da UFMA retomaram as atividades nesta terça-feira (13). O retorno foi decidido em assembleia geral da categoria realizada no dia 8 de outubro.
A Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) divulgou a convocação de assembleia para quarta-feira (14), às 16h, no Auditório Ribamar Carvalho, na Área de Vivência do Campus do Bacanga.
Na pauta, estão os seguintes assuntos: informes; balanço de greve; definição da data de retorno às atividades; eleição para representante na CSP Conlutas; escolha de representante da Apruma-SS na suplência da Comissão Eleitoral da UFMA; encaminhamentos.
Mato Grosso
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em greve há 138 dias, devem se reunir em uma nova assembleia, marcada para as 13h30 de quarta-feira (14). Entre as reivindicações da categoria, que paralisou as atividades desde o dia 28 de maio, está o reajuste de 27% no salário e a reestruturação de carreira.
A greve já é considerada a maior da história da instituição. Até então, a que havia durado mais tempo tinha sido a de 2012, que chegou ao fim após 125 dias.
Mato Grosso do Sul
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) decidiram pelo fim da greve, após votação em assembleia geral no dia 7 de outubro e voltaram ao trabalho nesta terça-feira, conforme divulgado pela Associação dos Docentes da UFMS (Adufms). A data de retorno às salas de aula depende da definição do calendário de conclusão do primeiro semestre, que será discutido nesta tarde,entre o sindicato e a reitoria da UFMS.
Técnicos administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e do Hospital Universitário voltam ao trabalho nesta terça-feira (13) em Dourados. Apesar do fim da greve, as aulas devem voltar somente na próxima semana, porque dependem do retorno dos professores da UFGD, que continuam em greve.
Minas Gerais
O segundo semestre letivo teve início nesta terça-feira na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). O novo calendário prevê reposição até março de 2016.
Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) não entraram em greve. Contudo, de acordo com as instituições, o início do ano semestre letivo foi atrasado em razão da paralisação dos servidores técnico-administrativos. No caso da UFMG, as aulas tiveram início em 24 de agosto, quando o previsto era dia 3. Um novo calendário já foi fechado e o encerramento do semestre letivo foi adiado para 22 de dezembro, de acordo com a assessoria da instituição. No Cefet, é discutido um ajuste no calendário para compensar o atraso, que foi de uma semana, segundo Flávio Santos, que assume a direção-geral nesta terça-feira. Os servidores da área administrativa retornaram ao trabalho no dia 8 deste mês.
Em Montes Claros, no Norte de Minas, o corpo docente da UFMG não aderiu à greve, e as aulas seguem normais. Os funcionários técnicos administrativos voltaram a trabalhar na quinta-feira (8). Já no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, cada campus está retomando as aulas gradativamente. Em Montes Claros, a previsão de retorno dos professores às salas de aula é no próximo dia 19, e no setor administrativo não existe previsão para encerrar a greve.
Pará
A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiu suspender a greve em assembleia realizada no dia 7 de outubro. O calendário de reposição das aulas será votado nesta terça e quarta-feira. A expectativa é que o retorno às atividades comece a partir do próximo dia 16 de outubro.
Paraíba
As aulas na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) retornam normalmente a partir da segunda-feira (19), segundo a Pró-Reitoria de Ensino. Essa decisão vale para os campi de Campina Grande, Cuité, Sumé, Pombal e Cajazeiras, onde os professores encerraram a greve na quinta-feira (8). No campus de Patos, a greve continua.
Paraná
Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estavam em greve há um mês, decidiram encerrar o movimento na sexta-feira (11). O grupo protestava desde o dia 12 de agosto contra cortes feitos pelo governo federal no orçamento das instituições e a infraestrutura precária dos locais de ensino. Ainda não está definido como será o calendário para a reposição das aulas perdidas nas últimas quatro semanas.
Já em em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, mais de 500 técnicos administrativos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) retornaram as atividades nesta terça-feira (13). Os servidores estavam em greve desde o dia 29 de maio. A paralisação, porém, não chegou a suspender as aulas.
Pernambuco
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), os servidores técnico-administrativos voltaram ao trabalho nesta terça-feira (13). Os funcionários aderiram à paralisação no dia 28 de maio, seguindo o movimento nacional. Já os professores das duas universidades não entraram em greve durante este período, de modo que o calendário letivo não sofreu alterações.
Piauí
A assembleia na qual os docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram pelo fim da grave foi realizada na quinta-feira (8). Uma reunião foi marcada para o dia 20 de outubro para definir o dia da volta às aulas e o novo calendário.
Rio Grande do Norte
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) não aderiu à greve. Na Ufersa, os técnicos voltaram ao trabalho no dia 8 de outubro, depois de quatro meses de paralisação. Os professores têm uma reunião agendada para esta quarta-feira (14), quando será decidido o retorno das aulas e o calendário para o semestre.
Rio Grande do Sul
Em assembleia na última terça-feira (6), os técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (EFCSPA) e Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) resolveram voltar ao trabalho após uma greve que durou quase quatro meses.
A mobilização, iniciada em 28 de maio, era de servidores de universidades federais do estado. Na ocasião, foi aprovado o indicativo do Comando Nacional de Greve de retorno ao trabalho na quinta, dia 8 de outubro. Entre os serviços atingidos durante a paralisação dos técnico-administrativos estiveram os atendimentos em bibliotecas, restaurantes universitários, matrículas, área de recursos humanos e setor financeiro das instituições.
Apenas alguns professores ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) aderiram ao ato de forma individual. Apesar disso, as aulas previstas para o segundo semestre foram retomadas normalmente em agosto.
Rondônia
O fim da greve dos professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) será discutido em uma assembleia na próxima quarta-feira (14). Segundo a Associação de Docentes da Unir (Adunir), a categoria vai definir se aceita o indicativo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) para o retorno das atividades esta semana em todo o país.
Roraima
Professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) definem nesta terça-feira em Assembleia Geral o fim da greve. A votação ocorre no auditório Alexandre Borges, campus Paricarana, a partir das 15h. A orientação do Comando Nacional de Greve (CNG) é pela saída unificada das instituições federais.
Santa Catarina
Professores não entraram em greve nas instituições federais no estado.
Sergipe
Professores, funcionários e técnico-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram uma assembleia na manhã desta terça-feira e votaram a favor do fim da greve que começou no dia 28 de maio. As aulas serão retomadas na próxima segunda-feira (19) e a previsão é que o período letivo do 1º semestre seja concluído até o dia 22 de dezembro.
Tocantins
Os calendários acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) devem ser definidos ainda nessa semana. De acordo com a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (Sesduft), cada câmpus terá um calendário próprio. As aulas nas duas universidades estão marcadas para começar na segunda-feira (19).
Fonte: G1